Da freguesia de Abraveses, no concelho de Viseu, para o parque de exposições da Porta de Versalhes, em Paris, Manuela Soares e o marido Ilídio Oliveira levam 28 variedades de bombons, entre os quais o bombom de vinagre balsâmico, o bombom com licor de caipirinha e outras doçarias que já foram premiadas no Concurso Nacional de Chocolates Tradicionais, em Portugal, em fevereiro.
"Vamos mostrar os nossos bombons de autor. Levamos 28 variedades de bombons e duas delas foram premiadas com a medalha de ouro em Portugal: o melhor bombom de doce de ovos e o que foi considerado como "o melhor dos melhores" que é o bombom de café", disse à Lusa Manuela Soares.
A fábrica de chocolate artesanal - na qual trabalham oito pessoas e com um volume de negócios que rondou os 200 mil euros em 2015 - quer aproveitar o Salão do Chocolate para começar a exportar para a Europa.
"Temos a nossa fábrica há 10 anos e desde o início comercializamos para os Estados Unidos. Esta participação é muito importante porque é uma forma de estarmos a par com os melhores, uma forma de nos promovermos e conseguirmos exportar para a Europa. Esperamos vir de lá com encomendas", afirmou a proprietária.
No stand da Chocolateria Delícia vão também estar expostas tabletes de chocolate negro embaladas com imagens da cidade de Viseu e que fazem parte da coleção "Tabletes de Portugal", um dos produtos de referência da fábrica de chocolate que existe desde 2007 e que surgiu na continuidade de uma primeira loja, a "Pirulito", criada em 1997.
O chocolate de São Tomé e Príncipe volta a estar presente no salão, sendo "o único país presente todos os anos desde a primeira edição, há 22 anos", disse à Lusa o responsável pelo stand são-tomense e cônsul honorário de São Tomé e Príncipe em Marselha, Jean-Pierre Bensaïd.
"Em 22 anos, esta participação contribuiu para a divulgação da imagem do país porque muitas pessoas em França nem conheciam sequer a existência de São Tomé e Príncipe. No mundo do chocolate também não era muito conhecido e agora toda a gente conhece o chocolate de São Tomé", explicou.
Jean-Pierre Bensaïd sublinhou que ter um stand no Salão do Chocolate é "muito importante porque São Tomé é a ilha chocolate e o seu cacau é o principal produto de exportação", ainda que haja "muito pouco cacau exportado" com um valor de "pouco mais de duas mil toneladas" no ano passado.
"O objetivo de estar no salão é fazer com que o cacau seja reconhecido como o melhor para que possa ser vendido a uma melhor taxa, o que vai permitir aos pequenos produtores um maior rendimento", continuou o responsável, acrescentando que a presença no salão potencia "o contacto com profissionais do setor e a apresentação de São Tomé e Príncipe como destino turístico".
Para uma "viagem gustativa" até São Tomé e Príncipe, vão estar em exposição no stand painéis informativos sobre o país, cacau, e os visitantes vão poder provar bombons de chocolate, chocolate quente e mousse de chocolate feita na hora, havendo uma apresentação diária para as crianças sobre a história da "ilha chocolate".
De acordo com o dossiê de imprensa do Salão do Chocolate, o evento conta com 500 expositores oriundos de 30 países e são esperados 130 mil visitantes, havendo espetáculos, conferências, ateliês de pastelaria, desfile de moda com vestidos feitos de chocolate e exposição de obras também feitas com chocolate como uma escultura da Torre Eiffel.
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