Fábrica do chocolate
Localizada em São Tomé, a fábrica pertence ao italiano Cláudio Corallo. O cacau usado no chocolate é plantado na Roça do Terreiro Velho, no Príncipe. Na fábrica, os visitantes podem acompanhar o ciclo do cacau até ao chocolate, provar as favas de cacau e fazer uma degustação de vários chocolates, entre os quais os de cacau a 100%, 80% ou a 75% e também do fantástico chocolate com pimenta de São Tomé e sal de Castro Marim. No final, há uma loja para quem quiser levar para casa. A entrada, com degustação, custa 4€. 00239 222 2236, Av. 12 de Julho nº 978, visitas às 2as, 4as e 6as, sempre às 16h30.
Forte de São Sebastião e Museu Nacional
À entrada estão colocadas as estátuas dos dois navegadores portugueses que chegaram a São Tomé e Príncipe no séc. XV, Pêro Escobar e João de Santarém e do primeiro capitão donatário da ilha, João de Paiva, a quem D. João II entregou o arquipélago. O forte foi construído em 1575 para defender a cidade. Já em meados do séc. XIX foi ali instalado um farol que servia de aviso à navegação. Hoje, o forte alberga o Museu Nacional de São Tomé, que inclui uma exposição de arte sacra, salas que reproduzem o ambiente nas roças de São Tomé no tempo da escravatura (como uma sala de jantar completa, com mesa, cadeiras, armários, talheres em prata, pratos e até peças de Bordalo Pinheiro nas paredes) e salas dedicadas à história, à fauna e à flora do país. A entrada custa 2€.
Museu do Café
Instalado na Roça do Monte Café o museu ocupa as antigas instalações utilizadas na produção. Hoje a roça ainda produz café, em menor quantidade, plantado por agricultores de uma cooperativa de famílias que ali vivem. Em exposição, estão as antigas máquinas de secagem, descasca, separação e embalamento dos grãos de café, além de fotos e outros utensílios ligados à produção de arábica e robusta (as duas espécies de café plantadas na roça). O museu é um projeto social do Estado, onde trabalham 10 jovens que se ocupam das visitas guiadas em várias línguas. O bilhete custa 3€ com direito a uma degustação de café no final da visita.
Fábrica de cerveja Rosema
É a única fábrica de cerveja da ilha e produz a Rosema, a cerveja local de São Tomé, vendida por todo o arquipélago em garrafas de vidro de meio litro, reutilizáveis e sem qualquer rótulo (a máquina que os colocava na garrafa avariou-se e ainda não foi substituída). É muito apreciada pelos locais e também pelos turistas. A fábrica foi fundada no início dos anos 70 e opera ainda hoje com equipamentos dessa época, o que lhe dá um charme próprio dos lugares com história. A água para fazer a cerveja vem do pequeno rio Provache, que nasce nas montanhas e vem desaguar no Atlântico mesmo junto à fábrica. Os restantes ingredientes são importados. A fábrica emprega 120 pessoas e produz cerca de um milhão de garrafas de Rosema por ano.
Jardim Botânico
Localizado no Bom Sucesso, criado em 1997, ocupa cerca de um hectare, às portas do Parque Nacional de Obô (que significa ‘bosque selvagem impenetrável’, em crioulo), a 1.120 metros de altitude. Fazia parte da Roça Monte Café e hoje alberga centenas de plantas florestais, ornamentais e medicinais, muitas de origem endémica e outras introduzidas. O orgulho do jardim são as 135 espécies de orquídeas, das quais 35 são nativas. Mas encontramos também a surpreendente flor da rosa de porcelana, a bananeira leque (de Madagáscar) e o bico de papagaio. O jardim acolhe ainda o Herbário Nacional que serve de referência na atividade científica ligada à botânica. A entrada é livre mas os visitantes são convidados a deixar um donativo.
Casa CACAU (Casa das Artes, Cultura, Criação, Ambiente, Utopias)
O espaço ocupa umas antigas oficinas dos caminhos-de-ferro, entretanto desativadas. Hoje, o espaçoso recinto é utilizado para exposições de pintura e escultura de artistas são-tomenses, dispõe de um café e restaurante e de um espaço para música e danças ao vivo. Às quintas-feiras há um jantar em regime de buffet, onde é possível provar alguns dos pratos mais tradicionais de São Tomé. Avenida Marginal 12 Julho, São Tomé
Casa Almada Negreiros
A casa fazia parte da Roça Saudade, propriedade do pai de Almada e local onde nasceu o artista em 1893 e viveu até aos dois anos, idade com a qual foi viver para Cascais. Parte das instalações ruíram, mas as divisões inferiores da casa foram reabilitadas e na área agrícola foram replantados 2 mil pés de café. Inclui um Centro de Cultura e Divulgação da Arte de São Tomé, onde artistas locais expõem os seus trabalhos; diversa documentação e livros relacionados com a vida de Almada Negreiros; e um restaurante com pratos locais. 00239 991 6172, Roça Saudade, São Tomé.
Artigo originalmente publicado na revista Food and Travel Portugal
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