Os raios solares aquecem a vastidão do oceano e dão um brilho ocre às rochas das enormes falésias que fazem frente ao mar.
Na nossa retaguarda, o bonito farol do Cabo Sardão, no alto de uma torre de 17 metros, avisa os marinheiros que este é o ponto mais ocidental da costa alentejana (o da costa portuguesa e da Europa é o Cabo da Roca).
É um lugar belo, agreste e brutal.
Há um miradouro próximo de uma das falésias e um circuito pedestre que percorre uma área grande em cima das arribas.
No entanto, é possível seguir outros caminhos e, com as devidas precauções, ter uma perceção mais viva da altura das arribas que o vento e o mar cortaram quase a direito. Um trabalho longo. Há falésias com mais de uma centena de metros de altura.
Ninguém lá vai e por isso é abrigo para algumas aves. Segundo Nelson Reis, do Turismo de Odemira, “regista-se no Cabo Sardão um fenómeno único em todo o mundo – as cegonhas nidificarem em falésias”.
É também um dos lugares escolhidos para observação de aves, mas a maioria dos visitantes procura o contacto com a natureza e o deslumbramento das falésias, do mar e da serenidade do farol que já tem mais de um século.
Entrou em funcionamento em 1915.
O Cabo Sardão é também ponto de passagem do Trilho dos Pescadores, numa das cinco etapas (Almograve-Zambujeira do Mar) do percurso Trilho dos Pescadores que faz parte da Rota Vicentina.
Exige uma boa condição física porque é feito maioritariamente junto a falésias e áreas arenosas.
O Cabo Sardão fica próximo da aldeia de Cavaleiro, no concelho de Odemira, entre Almograve e Zambujeira do Mar e há acesso rodoviário
A obra prima da natureza no Cabo Sardão faz parte do programa da Antena1 Vou Ali e Já Venho, e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.
Comentários