O curso da água e a erosão nas rochas criou piscinas naturais.
Foi quando a ribeira tinha mais água, mais altura e mais força.
Por outro lado, os redemoinhos de água com pedras esculpiram as rochas e formaram muitas concavidades que são vitais para alguns animais em tempos de seca.
Em termos gerais, a ribeira do Torgal tem água todo o ano e o Pego das Pias é um paraíso para quem se quer refrescar da canícula do verão em Odemira porque a água é fresca e a corrente não se sente.
A praia fluvial do Pego das Pias é pouco conhecida. Quando cheguei estava uma jovem a fazer yoga sentada numa rocha ao lado do primeiro espelho de água.
Esta zona está rodeada de árvores e o lago tem no meio uma rocha muito grande. O único som era o da corrente da água quando retoma a forma de ribeira por entre um vale estreito.
Pouco depois, chegou Catarina Teixeira e mais duas amigas. Estavam ainda a fazer o reconhecimento do terreno. Catarina esteve aqui no ano anterior porque lhe tinham falado do Pego das Pias. É deste modo, no passa a palavra, que a praia vai ganhando notoriedade.
Por ser um lugar muito bonito e que preserva um ambiente natural é procurado por quem gosta de natureza. Nas palavras de Nelson Reis, que conhece bem os percursos turísticos de Odemira, “é o ambiente selvagem, natural e sem infraestruturas que o torna mais sedutor para quem prefere este tipo de espaço isolado.”
Para se chegar à praia fluvial do Pego das Pias tem de se caminhar por um roteiro pedestre ou então andar por uma estrada de terra batida que apenas na parte inicial admite a circulação de carro.
O início do caminho é na estrada nacional nº120, junto à ponte da ribeira do Torgal, cerca de meia dúzia de quilómetros a norte de Odemira e a caminho de S. Luís.
O Pego escondido das Pias faz parte do programa da Antena1, Vou Ali e Já Venho, e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.
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