O Festival do Contrabando centra-se num legado cultural e histórico de memória coletiva recente na região e em toda a zona raiana e que faz parte do património local – o Contrabando no final dos anos 30 e início dos anos 40 do século XX. Anos marcantes ao longo de toda a fronteira luso espanhola devido ao final da guerra civil espanhola, ainda recente, e ao início da 2ª Grande Guerra Mundial.

O Festival do Contrabando é um evento com recriação de um mercado rural de época e que associa todas as atividades do contrabando - guarda-fiscal, ofícios antigos, etc.- com um festival de artes de rua e recriações históricas, que incidem sobre temas como a ruralidade, a desertificação, o envelhecimento, os usos e costumes da região e outros ligados ao contrabando de sobrevivência, como era praticado naquela zona nas primeiras décadas do século passado.

Três dias para contrabandear artes de rua no Guadiana

Uma das grandes atrações deste evento é a Plataforma Flutuante no rio Guadiana que permite às comunidades locais verem um sonho cumprido, possibilitando a passagem pedonal entre as duas margens do rio, durante os três dias do evento.

No dia 28 de março, a anteceder o Festival do Contrabando, acontecem as Jornadas do Contrabando, que abordam esta atividade enquanto património local, enquadrando-a no seu contexto histórico e sociológico.
Nas Jornadas do Contrabando está prevista a presença de Francisco Moita Flores (autor da série televisiva "A Raia do Medo") e do Comendador Rui Nabeiro, da Cafés Delta.