Um roteiro de fim-de-semana para descobrir as vilas alentejanas do Redondo, Terena, Alandroal, com tempo para apreciar algumas das vistas mais bonitas do rio Guadiana.
Serpenteando desde Espanha até Portugal, o Guadiana espelha séculos de história dos territórios transfronteiriços, vividos ao sabor da corrente de água doce. Hoje, pretende-se preservar e valorizar o rio, um “oásis de biodiversidade”, potenciando o turismo.
Os narcisos enchem de amarelo a ponte de Olivença ou da Ajuda no outono, conquistando a travessia que foi dinamitada por espanhóis em 1709 na sequência da Guerra da Sucessão espanhola.
Mértola é um museu a céu aberto que revela a sua história de porto comercial por várias civilizações. Até a sala de entrada do hotel onde fiquei tem uma galeria com ruínas romanas. No edifício da Câmara Municipal a situação é relativamente semelhante.
O rio e o Museu do Rio estão lado a lado. É a simbiose do Guadiana com os povos e a cultura desta zona da Península Ibérica há vários séculos. Numa imagem moderna, o rio Guadiana foi a auto-estrada para o Mediterrâneo a partir de Mértola.
Os castelos de Alcoutim e de Sanlúcar confrontam-se na linha de vista e no passado estiveram mesmo em guerra. São estruturas militares concebidas para defender a fronteira entre os dois países.
A cascata de 16 metros de altura é um dos lugares mais procurados no Parque Natural mas o Pulo do Lobo continua selvagem. Mesmo depois de ter deixado de ser um segredo bem guardado.
Entre 29 e 31 de março, o 365 Algarve traz o contrabando de regresso a Alcoutim e a Sanlúcar de Guadiana, com um festival que celebra o tráfico de artes de rua entre as duas margens do rio e cria uma passagem pedonal através da água, unindo as duas povoações.