O presidente da Câmara Municipal de Ovar afirmou que a atribuição da Indicação Geográfica Protegida ao pão-de-ló local dá início a um processo "muito desafiante" no sentido de reforçar a já crescente tendência de vendas desse produto.
A Indicação Geográfica Protegida “vem assim dar lugar a um trabalho complexo e muito desafiante com vista a consolidar os resultados muito positivos registados nas vendas de pão-de-ló, já que a tendência de há uns anos a esta parte tem sido para um crescimento regular".
Nesse trabalho de promoção, o autarca anuncia que "a Câmara Municipal de Ovar estará na linha da frente, para, com a ajuda de todos os interessados, afirmar ainda mais aquela que já é uma das maiores marcas do concelho".
O Pão-de-ló de Ovar é o 17.º produto português a obter a Indicação Geográfica Protegida, hoje formalizada no Jornal Oficial da União Europeia. Esta certificação reconhece produtos gastronómicos ou agrícolas tradicionais de uma determinada região. Veja aqui a lista completa dos produtos de Portugal com este selo.
Em Diário da República, esse doce já fora definido como "um produto de pastelaria confecionado à base de ovos" e que, envolvendo sobretudo gemas, açúcar e farinha, se coze dentro de uma forma de barro revestida a papel branco. Exibe depois "o formato de uma 'broa' de massa leve, cremosa, fofa e de cor amarela", sob cuja côdea "fina, acastanhada e levemente húmida" se esconde um interior mais suave e um fundo cremoso e doce, designado "pito".
O produto que agora recebeu a IGP é confecionado no concelho de Ovar, freguesias de Esmoriz, Cortegaça, Maceda, Arada, Ovar, S. João, S. Vicente e Válega.
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