O mosteiro encontra-se numa zona plana e logo à chegada ficamos impressionados com a sua monumentalidade. Em particular com as torres defensivas construídas em meados do século XIV.
É igualmente percetível o campanário da igreja, cujo interior é marcado pelo silêncio pétreo das paredes altas e do túmulo em mármore de Álvaro Gonçalves Pereira.
O Prior do Crato e pai de Nuno Alvares Pereira foi o criador desta estrutura compacta que ao longo do tempo evoluiu para outras funções.
Foi sede da Ordem dos Hospitalares, por volta do século XVI, passou a mosteiro e, após o abandono e ruína, foi reabilitado e parte do conjunto adaptado a pousada pelo traço do arquiteto Carrilho da Graça.
O mosteiro é visitável. Uma das perspetivas mais interessantes é no coro alto da igreja. A vista oferece-nos uma melhor perceção do volume, do silêncio e dos intensos raios de luz que projetam um filme cronológico de vários estilos arquitetónicos.
A traça essencial é o gótico, mas vemos ainda influência árabe e renascentista.
O ambiente sereno rodeia o túmulo do Prior do Crato que nos espera logo a seguir à divisória de ferro. Depois de uma sala onde é dado a conhecer a história de Flor da Rosa e do mosteiro.
Há ainda outra exposição, “temos 32 esculturas de Virgens Marias com o Menino ao colo. São dos séculos XV, XVI e XVII, datas que marcaram o mosteiro”, disse-nos António Morais que recebe os visitantes. “São muitos, a maior parte são famílias e grupos”.
Vale a pena subir ao topo da estrutura. Temos uma visão de conjunto do mosteiro. Como se expandiu para além da inicial estrutura defensiva, como foi o caso do claustro.
Vemos também o meio envolvente. O casario de Flor da Rosa e a longa extensão de um território relativamente plano, entre a vila de Crato e Portalegre.
A visita ao mosteiro deve ser complementada com um passeio na aldeia que é marcada por uma longa tradição em olaria.
No património local destaca-se ainda uma estátua de Nuno Álvares Pereira, fontes, solares, a igreja e o pelourinho.
É igualmente obrigatório visitar a sede de concelho, fica a cerca de 2km. Em particular o centro histórico de Crato, com a joia da varanda do Palácio do Grão-prior. Merece uma outra reportagem, mais detalhada
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