Na última medição, há cerca de cinco anos, quando foi reclassificado pelo ICNF como árvore de Interesse Público, o sobreiro assobiador tinha 19 metros de altura.
Na base, o perímetro do tronco ultrapassava os seis metros e o diâmetro da copa era superior a 30 metros. Muito grande em comparação com a generalidade dos Quercus suber.
Nas ruas de Águas de Moura está a sinalizado o “Sobreiro Monumental”. Quando nos aproximamos, a sua dimensão capta de imediato o nosso olhar.
Como nos diz uma vizinha o sobreiro “dá nas vistas. É uma árvore que toda a gente gosta de parar para visitar. Há quem venha de propósito. Adultos e famílias”.
A copa é enorme. Alguns ramos estendem-se quase na vertical e, por pouco, os extremos não tocam no solo.
Nas proximidades há um parque infantil, alguns bancos e é visível que está bem cuidado, como testemunha Antónia Santos.
“Tratam-no sempre bem. As pessoas daqui, normalmente ao final da tarde ou aos fins de semana, vão sentar-se nos bancos e costumam estar ali com as crianças. A sombra é grande e o sítio torna-se fresco.”
A área envolvente é residencial, em particular moradias.
É uma árvore quase solitária. Há cerca de duas décadas estava acompanhada de quatro centenas de exemplares que foram removidos para dar lugar à urbanização.
No entanto, marca o espaço e a comunidade local que até lhe dá vários nomes. Um é sobreiro assobiador devido ao som das aves que se protegem na copa. Outra designação é sobreiro casamenteiro, mas para namorar já foi mais utilizado. “Há 20 a 30 anos atrás foi mais, agora perdeu-se esse hábito.” No tronco há vestígios de inscrições amorosas, mas foram apagadas.
O sobreiro terá sido plantado em 1783 e, há 20 anos, deu 1,200 kg de cortiça que dava para mais de 100 mil rolhas para garrafas de vinho.
Sobreiro assobiador de Águas de Moura é um dos maiores e mais antigos no Mundo faz parte do programa da Antena1 Vou Ali e Já Venho e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.
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