Como cada vez mais no céu se estão a avistar aviões em direção ao México (a escolha dos portugueses para férias fora do país), devem saber que um dos motivos de engajamento ‘mexicano’ tem a ver com o trânsito mais facilitado para entrar no país sem quarentenas e com voos diretos sem necessidade de P
Há um ano e meio sem viajar (viagens de mala cheia e mais do que cinco dias!)? Sim, o meu caso e de muitos portugueses. Já quase a ‘bater’ a meta dos 50 países, mais me fascina a sensação de ter saído da redoma de vidro que se tornou esta pandemia de contornos fronteiriços mal estabelecidos.
Viajar é e deve ser considerado um prazer, mas em 2021 pode ser difícil descontrair e não se preocupar, principalmente quando estamos dentro de um aeroporto, sentados num avião ou hospedados num hotel.
Os europeus vacinados contra a COVID-19 poderão entrar na França a partir de 9 de junho sem ter que apresentar um teste PCR negativo, anunciou o ministro dos Transportes.
Beatriz Caetano (@beatrizccaetano) está hospedada num hotel que é uma espécie de pousada, em Puerto Escondido, gerida por um casal de mexicanos que prima pela diferença: humanidade pura.
Na Tanzânia, neste caso Zanzibar, a COVID-19 não mereceu tratamento diferente de qualquer outra doença e a vida prosseguia de forma absolutamente normal.
Nunca foi tão confuso, cansativo e incerto marcar viagens como nos tempos que correm. Admito que para quem como eu sempre gostou de viajar sem grandes planos, ao sabor do vento e do momento, tem sido um teste à energia, determinação e capacidade de planeamento. Mas depois de várias viagens tenho uma
“Bem, coragem” - assim retomou a Beatriz (@beatrizccaetano) – “nem sei por onde hei de começar”. A Bia continua a viagem no México, mas noutras zonas muito longínquas e neste momento está a enviar mensagem das praias de Puerto Escondido. Mas até lá chegar passou tormentas que parecem um filme.
O México de fronteiras escancaradas está a levar o planeta para ali. É o que sente, milhares de pessoas entram no México à procura de uma lufada errada de liberdade.
Sem estradas, só caminhos de terra que se cruzam com areia e mar. Música eletrónica em todos os recantos da praia e em todos os hotéis, gente de todo o mundo e mar sem ondas porque à volta só existem bancos de areia.
Quem não vê máscaras, pode também não ver corações. Invertendo um pouco o provérbio sobejamente conhecido, a verdade é que a viajante tem passado alguns episódios de trazer o seu (e o nosso) coração à boca nas recentes trilhas pelo México.
No México, a pandemia sente-se apenas a esse nível, mas não entorpece a vontade de procurar os principais pontos turísticos e as viagens entre regiões.
“Parece que estás dentro de uma sauna... vi um crocodilo de 3 metros”. A Beatriz, enquanto voa para o México, ainda recorda momentos das florestas tropicais do Corcovado, especialmente da sua tour para conhecer as baleias e também a trilha que completou entre as árvores e alguns animais que se deixa
Pedi-lhe que me explicasse mais sobre viajar na coexistência com o vírus que já matou cerca de 3 milhões de pessoas no planeta. E a esperança surge nestes artigos, nesta viagem da portuguesa de mochila e de vida às costas… sem máscara.
“Hola querida amiga (…) hoje vou-te enviar, sem falta, as fotos do rafting”, assim continua a viajar connosco a Beatriz Caetano (aliás, nós portugueses estamos a viajar, aqui, com ela).
Confesso que viajar em tempos de pandemia exige de nós mais burocracia (testes PCR, seguro de viagem, máscaras, quarentenas), mas arrisco-me a dizer que é o momento onde conseguimos usufruir mais de um país, seja ele qual for, na sua pura essência.
Depois de muita turbulência, chegou a Costa Rica, San Jose. Sai do aeroporto e fica estupefacta com a viagem de autocarro que se seguia: sem ar condicionado, com um calor de esganar qualquer pessoa bem-humorada, com chuva tropical e sem poder abrir uma janelinha que fosse.
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