“Como eu estava a dizer, fomos para um cenote com crocodilos”. Assim continua serena a Beatriz, mas o humor mudou de repente. O caiaque tinha capacidade máxima para duas pessoas, mas eram quatro dentro dele e mais um crocodilo que passou à frente do ‘barquito’ a nadar como se nada fosse. A um metro de distância! A Beatriz (@beatrizccaetano) conta que o “o pessoal ficou histérico” (mas, bem, eles sabiam que era um cenote com crocodilos!)  e o caiaque foi ao fundo com o peso por causa do descontrolo dos corpos dentro do barco. Com o crocodilo, sereno o suficiente, a pairar ao lado e a olhar para ela e para os outros turistas – “foi uma missão de salvamento, o pânico. Não estás a ver, todos a subir para conseguirmos chegar à berma… do cenote (…)”.

Entretanto uns a tentarem almejar a berma arrastando o corpo até às a raízes das árvores, enquanto um outro segurava o barco antes que ele fosse com a corrente. Portanto o grupo em dupla tarefa: com um olho no crocodilo, outro no caiaque naufragado... para salvarem o barco: “com o crocodilo ao lado, vertermos a água toda e conseguirmos voltar para dentro do barco”. Desculpa Bia, mas apesar do teu ar de pânico que ‘transpiras’, autêntica, enquanto falas… eu rio pois ficaste sã e salva e imagino o ar do crocodilo a tentar compreender a agitação dos humanos em plena cena de resgate.

“Foi uma aventura, um filme de terror, sobrevivemos, ninguém foi comido. São crocodilos que não agressivos, mas não são vegan family!”. A Beatriz ainda juntou também o facto de ter sido atacada pela segunda vez por vespas… está a coçar-se toda e a pele a causar-lhe erupções. Vá, coisas de viajante nato!

Passeio de caiaque
A "tripulação" são e salva após o encontro com o crocodilo

À noite foi jantar e depois a um bar de um hostel. De seguida, em grupo, foi a uma festa techno agradável. Em passo terceiro foi a um bar com um grupo e, além de boa música, teve o maior susto da sua vida com um tiroteio: “a dois metros de mim, eu vi pólvora seca… fogo de artifício laranja a sair de uma pistola… pensei a início que era a gozar…”- Mas depois a Bia caiu em si – “todos a correrem aos gritos… o barulho ao meu lado, eu vi a expressão do homem que estava a disparar. Isto mexeu comigo”. As balas sem parar entre dez tiros e entre multidão de gente no bar e no ar, completamente assaltados pelo barulho, a Beatriz temeu pela vida e julgou ser um atentado. Depois ficou a saber que era um “ajuste de contas… ficaram três homens no chão às 4h da manhã, sendo que um deles estava vivo e seguiu na ambulância (…) o outro não sei bem”. Percebeu, depois em escrutínio, que é muito normal tal acontecer, mas não gostou e dá graças ao céu do México por estar a salvo. Volta a recordar o episódio e a hora a que ocorreu: “eram 3h da manhã”.

O dia e a noite da Beatriz foram intensos, perigosos e está a salvo. Prontíssima para rumar a mais praias mexicanas e nós enviamos as melhoras para que as borbulhas incómodas passem num instante. Contudo, sei que nada te vai parar, voa e envia notícias. Deixei-te umas perguntas, ouvi uma nova surpresa: novo país aí vem! Preparem-se, tudo escrito em tempo real, aqui.

Olha, o sol despontou, sabias? Sinais de primavera portuguesa.

O mundo inteiro no seu email!

Subscreva a newsletter do SAPO Viagens.

Viaje sem sair do lugar.

Ative as notificações do SAPO Viagens.

Todas as viagens, sem falhar uma estação.

Siga o SAPO nas redes sociais. Use a #SAPOviagens nas suas publicações.