Encontro-me a encher um balão que comecei a soprar desde a adolescência: viajar pelo mundo para melhorar as minhas dioptrias numa tentativa de aproximação ao cru, ao autêntico, ao sonho. Por Rui Peres
No dia mundial da língua portuguesa, o Rui Peres fala-nos do mirandês, uma língua vizinha à nossa que não deixa de ter a sua própria maneira de ver e descrever o mundo.
As nuvens cinzentas anunciam que alguns pingos de chuva poderão cair na terra e nas costas de todos os madrugadores e companheiros desta viagem, a vindima.
"Dia da Mãe é todos os dias". Talvez porque não se note o passar do Tempo nas coisas imutáveis - no amor de mãe, por exemplo. Mas ele existe, na invisibilidade de todos os dias.
Tenho a memória fiel de, nesta época, noutros tempos, sair da cidade para outro norte profundo, o de Portugal. As encruzilhadas iam dar a lugares com poucas casas e a ouvidos que escutavam bem a terra.
Passo a noite acampado a ouvir a barulheira do vulcão. Se fosse a música alta de um vizinho já lhe tinha ido bater à porta. Mas aqui ignoro a possibilidade de dormir bem, porque quero ver tudo.
A selva Amazónica é um número difícil de entender: cerca de 7 000 000 km². Sim, uma sombra grande. O Google ajuda com a obtenção deste número, mas a curiosidade da selva não se satisfaz completamente lendo ou ouvindo os outros contar números e histórias.