Antes de ingressarmos numa nova temporada desta viagem sem bússola, a portuguesa em diáspora confirma-me algo que ficará lá atrás pendente: os cães que se acomodaram no seu bungalow, em pleno dilúvio, foram resgatados! Tudo com calmaria (sempre se ouve dizer que depois da tempestade, vem a bonança) pois os caseiros foram buscar os três cães enormes. O espaço no bungalow com aqueles cães não era fácil. A chuva não parava. E o problema aumentou quando a Bia fugiu ao dilúvio e continuou de mochila às costas a explorar estas terras verdes da América Central. Cães com os donos, tudo certo. Sentiu que podia seguir em frente e de alma tranquila.

Depois, em jeito de sinopse desta primeira temporada de aventuras, recordou-me a melhor sensação que teve até agora: fazer rafting na Costa Rica é coisa séria. De sangue em riste, a Beatriz sentiu as águas e as rochas durante toda a aventura, mas deixa o alerta: é uma opção literalmente radical. Muito mais do que se atirar de uma montanha a mais de 140 metros de altura apenas suspensa por cintos. Rafting exige uma sabedoria de trabalho de equipa, pois não se vai sozinho em barcos insufláveis a remar por entre rios desordeiros. Tem tudo de ser bem orquestrado senão a música não merece palmas no final.

Ela recorda a entrada nesta ‘tour’ e a explicação atenta do coordenador/guia. E recorda mais: se falhasse algo no grupo, a coisa podia ter sido muito perigosa. Juntou-se a adrenalina à vontade e vai levar isto no coração. Voltou a referir o jipe (ver galeria – o jipe dela!) e informa que é a melhor forma de passear pelas estradas mais a norte de Costa Rica. Estou mesmo, mesmo a imaginar a portuguesa de cabelos ao vento naquele jipe. Por entre estradas, lamaçais e areais. Até aquele o coração e acelera a nossa vontade de sair daqui deste Inverno. E não gosto de ouvir falar de viagens “pós-COVID”. A Beatriz é prova viva disto!

Também recordou o encontro com o casal suíço muito que andava de bicicleta pelo mundo dali do outro lado do Oceano. A bicicleta foi abandonada quando se cruzaram com ela e rumaram a La Fortuna. Senti aqui alguma nostalgia. Afinal eram alguns europeus, num dos países mais bonitos do planeta, a procurar a alegria do Novo Mundo: sem COVID-19.

Continuo, deliciada, a ouvir a Beatriz Caetano (@beatrizccaetano) que agora encanta todos estes episódios com a sua passagem pelas florestas e pelo Parque Nacional de Corcovado, o tesouro paradisíaco de Costa Rica. Vou mirando as fotografias que ela vai partilhando connosco - a Beatriz não está com mestria para fazer fotografias, mas acreditem que ela se esforça e sempre que pode lá vai captando umas imagens e envia no imediato. E sublinha que o faz sempre que ‘apanha’ um pedacinho de Internet. Temos mesmo de agradecer à portuguesa que nos escreve e nos envia sinais de paz do outro lado do mundo. Parece que alguém pisou a lua pela segunda vez e nos diz “é seguro vir aqui”. E a voz é portuguesa! Não precisamos de nenhuma arca de Noé, pois estamos a salvo em breve. E se não for em breve, há sempre solução: viajar sem bilhete de regresso marcado e continuar em teletrabalho (para a maioria das pessoas, no planeta, nesta altura). Já pensou nisso?

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