Sou a Andreia e sou completamente apaixonada por viagens de aventura e fotografia. Conhecer o mundo fascina-me.
Sempre viajei de forma independente ao longo da minha vida e o que mais tento numa viagem é conhecer os lugares que não sejam turísticos, lugares inóspitos, as pessoas e a cultura.
Desde que começou a pandemia, muita coisa mudou no mundo das viagens e na forma como o podíamos descobrir. Recentemente, tive a oportunidade de viajar para o Brasil durante 3 semanas (em dezembro) e voltei há uma semana do México (onde estive também 3 semanas).
Em plena pandemia, confesso que tive uma agradável surpresa. Para além de estar tudo regido sobre imensas regras em termos de limpeza, higienização, quer em aeroportos, aviões e hotéis, deu para ver um Brasil e um México para brasileiros e para mexicanos e não países carregados de turistas, com preços inflacionados devido ao turismo e, principalmente, multidões. Em todas as viagens que faço tento aproximar-me ao máximo das pessoas, para falar com elas e ouvir a opinião que têm sobre alguns temas da atualidade.
Apesar de ter estado na região do Rio de Janeiro, deu para fugir um pouco daquele Rio que tão bem conhecemos. Estive grande parte do tempo em Arraial do Cabo. Zona super frequentada por brasileiros e pouco conhecida por estrangeiros.
No Brasil e no México tentei fazer aquilo que poucos têm coragem de fazer: alugar um carro e descobrir o país por conta própria. Confesso que não tenho grande paciência para ficar em resorts durante 7 ou 8 dias, onde o que vejo é apenas a piscina de borda infinita para o mar do Caribe e os 3 ou 4 bares e restaurantes que o hotel tem.
No México consegui conhecer bem a zona de Cancún, Playa Del Carmen, Xpu-Ha, Akumal, Tulum, Nopalitos, Bacalar, Mahahual, Cobá, Valladolid, Chichén-Itzá, Cidade do México e Teotihuacán.
Viajar é mais do que colecionar países e hotéis. É tentar compreender o povo, as dificuldades que passam, conhecer os seus hábitos e cultura.
Quando viajo tento sempre ajudar o mais possível as pessoas locais. Como? Fazendo as minhas refeições onde os locais comem. Tentando dormir em pequenos hotéis ou guesthouses com gestão particular. Tentando contratar guias locais sem ser através de agências. O que ganho em troca? Contacto com os locais, boas conversas, boas histórias em primeira mão e um país que se mostra na sua verdadeira forma de ser.
Confesso que viajar em tempos de pandemia exige de nós mais burocracia (testes PCR, seguro de viagem, máscaras, quarentenas), mas arrisco-me a dizer que é o momento onde conseguimos usufruir mais de um país, seja ele qual for, na sua pura essência.
O medo de alguma coisa correr menos bem nunca pode ser maior do que o medo de não conhecer e viver no desconhecido.
Bilhete-postal enviado por Andreia Costa
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