Joaquim Zambujo é pasteleiro desde os 13 anos e aposta na pastelaria tradicional. “Tenho aqui bolos que aprendi a fazer em 1960/61. Eu comecei a trabalhar em 1959/60. Vim para Évora para uma pastelaria, com 13 anos de idade, em 1959. Aprendi com dois chefes irmãos que vieram de Santarém.”
Nas montras vemos pastelaria tradicional e temos muito com que nos deliciar. Ao longo do ano, os mais afamados são os pães de rala e os queijinhos do céu.
“A massa pão é feita por nós. Ao lume, à antiga. Da forma tradicional como aprendi há 60 anos. Antes era em lenha agora é a gás.”
A pastelaria Violeta é pequena. No prédio morou Eça de Queirós que terá acompanhado o arranque das obras do Teatro Garcia Resende que fica próximo da pastelaria Violeta.
A Pastelaria Violeta, nas contas de Joaquim Zambujo, terá pelo menos “120 anos. Até aí consegui descobrir, mas tem mais anos. É a mais antiga de Évora.”
Quando outro pasteleiro lhe passou o testemunho da Violeta, a pastelaria era diferente.
“O que está em inox era tudo madeira, com gavetas. Antigo, mas nada higiénico. Com fungos, bichinhos. Alterámos há cerca de 40 anos.”
Hoje não só mudaram as instalações como parte da clientela é completamente diferente devido ao incremento do turismo. “Adoram. Brasileiros, italianos, espanhóis... Levam muitos pastéis de nata. São gulosos. Os brasileiros não olham ao preço. Levam o que for melhor.”
No Natal, Joaquim Zambujo e a restante equipa de oito pessoas não conseguem dar resposta aos pedidos de bolo rei que já foi distinguido a nível nacional. Mas, na altura em que falei com ele, a prioridade era outra.
“Agora vou fazer os diabinhos. É doce de ovos. Coloco numa forma, com uma a duas nozes no interior, açúcar em pó. Vai ao forno e é tostado com um ferro em brasa. Fica diferente e é muito bom.”
A centenária Pastelaria Violeta é a mais antiga de Évora faz parte do programa da Antena1 Vou Ali e Já Venho e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.
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