No alto da aldeia, numa base rochosa, estão mais de uma dezena de espigueiros ou canastros.
Estão assentes em balcões de pedra de grandes dimensões e são de madeira. Entre as tábuas há pequenas frestas para deixar passar o vento e manter a qualidade das espigas durante o inverno.
Quase todas as pessoas daqui eram agricultores e muitas famílias tinham um espigueiro, conforme nos relatou o presidente da Junta de Freguesia, Jorge Cerdeira, referindo também que alguns dos espigueiros ainda estão em uso.
Os espigueiros estão ao lado do Museu Rural de Pendilhe que está aberto ao público na parte da tarde.
É uma estrutura pequena e muito bem integrada no espaço rústico envolvente, muito melhor do que um dos espigueiros que serve de ponto de venda de botijas de gás.
O museu tem uma mostra de trajes, artesanato e instrumentos, e informação sobre a forma de cultivar, malhar e guardar o milho.
Em Pendilhe não deixe de percorrer as ruas e descobrir fontanários, o pelourinho do séc. XVI e, um pouco mais distante, a anta que também se chama Casa da Noira ou Orca de Pendilhe.
Uma das festividades tradicionais é agora, no dia 15 de Agosto, a Nossa Senhora da Assunção.
A romaria junta muitos emigrantes, alguns que estão no Brasil e o símbolo do Cristo-rei no topo da torre da Igreja Matriz é um sinal de que não se esquecem da sua origem.
Em outras localidades do concelho de Vila Nova de Paiva encontramos situações idênticas.
Os canastros de Pendilhe faz parte do podcast semanal da Antena1 Vou Ali e Já Venho e pode ouvir aqui.
A emissão deste episódio, Os canastros de Pendilhe, pode ouvir aqui.
Comentários