O empresário Steffen Ehrath afirmou que “as pessoas estão à procura de algo diferente e original”, de um "destino de eleição" como a ilha de Santa Maria para "viverem uma aventura" com as jamantas (ou mantas), animal que considerou ser "muito sociável".
O operador alemão considerou que o mergulho com jamantas acaba por ser também procurado pelo facto de Santa Maria e os Açores “não possuírem um turismo massificante”, como as Baleares ou as Canárias.
Cerca de 90 por cento dos clientes da empresa de Steffen Ehrath são de origem alemã, a par de suíços e austríacos, estando o empresário convicto de que "existem mais pessoas" a procurar Santa Maria para mergulharem com jamantas, que possuem cerca de três metros de envergadura, em média.
De acordo com o empresário alemão, as questões de segurança que se colocam na Turquia e no Egito, por exemplo, não se levantam nos Açores, o que também contribui para a procura das jamantas, a par da proximidade do centro da Europa, uma vez que para as observar da forma como se consegue na região é necessário viajar para as Maldivas, que se encontram a 12 horas de voo para um europeu.
Paulo Reis, outro dos operadores marítimo-turísticos de Santa Maria, considera que os Açores "estão definitivamente" na rota das jamantas, que passam o inverno em Cabo Verde, a avaliar pelos animais sinalizados pela Universidade dos Açores, e ficam o verão nos Açores, onde chegam normalmente no mês de junho e início de julho.
“O banco de pesca do Ambrósio é o local onde elas aparecem. É muito raro o dia em que lá vamos e não mergulhamos com jamantas. É, definitivamente, um animal que passa as suas férias cá e que traz muita gente consigo”, declarou Paulo Reis.
O empresário considerou que o mercado europeu é o que gera maiores clientes em Santa Maria, sendo os franceses o que “maior expressão tem neste momento” devido à instabilidade a nível mundial.
Paulo Reis está convencido que não se assistiu a um acréscimo do mergulho com as jamantas este ano devido ao “incremento do preço das passagens”, apesar de considerar os Açores um destino barato para os europeus, que estão em “franco crescimento” neste nicho de mercado.
Henrique Botelho, outro empresário que opera no ramo em Santa Maria, afirmou que há muita procura de espanhóis, franceses e nacionais, salvaguardando que "há dois anos para cá houve um acréscimo muito grande" do mergulho com jamantas, algo que considerou que não está a notar este ano.
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