Um busto do rei Afonso IX, “Rei de Leão e da Galiza”, dá as boas-vindas e assinala que Castelo Melhor recebeu os foros do reino de Leão e só passou para Portugal com o tratado de Alcanices, em 1297.
No ano seguinte D. Dinis confirma o foral e julga-se que Castelo Melhor seja posterior a Castelo Bom devido à designação adoptada.
Após as boas-vindas pelo rei de Leão e da Galiza descemos a rua principal que atravessa a povoação.
Poucas pessoas andam nas ruas. A aldeia tem pouca gente. Uma senhora de idade, muito simpática indica-me o caminho até ao castelo. Ida e volta porque é simples: sempre a subir.
Da estrada que dá acesso a Castelo Melhor ficamos com uma ideia da dimensão das muralha. Quando nos aproximamos essa percepção é reforçada porque a estrutura defensiva é um anel que protege o cume da encosta.
A origem da construção é dos tempos do rei de Leão e parte da muralha ainda se mantém robusta.
A entrada faz-se por um arco e nos séculos XII e XIII terá havido aqui um pequeno grupo de casas mas a população preferiu ir viver para o vale.
Agora só se vê um poço. Dizem que tem uma ligação subterrânea à capela de uma das sete irmãs que fica no cume de outro monte, no Miradouro do Anjo São Gabriel.
A distância é muito grande e no meio fica o vale onde está o casario e a estrada que nestes dias tem muito movimento porque dá acesso a Penascosa onde há um importante núcleo de gravuras rupestres do Paleolítico Superior e que faz parte do Parque Arqueológico do Vale do Côa.
Do castelo temos ainda uma vista magnífica. Muito para além das serras que o rio circunda. Predomina o olival, alguns socalcos de xisto e muitas amendoeiras que em fevereiro/março vão colorir as encostas.
Muitas construções são ainda de xisto. A igreja tem um campanário com um galo grande. Dizem que quando está virado para Espanha indica que vai chover.
O castelo de Castelo Melhor está classificado como Imóvel de Interesse Público.
Não há melhor que Castelo Melhor faz parte do programa da Antena1, Vou Ali e Já Venho, e pode ouvir aqui.
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