Também é conhecido como o “jardim da paz”, porque representa um lugar de muita tranquilidade e beleza onde é possível passear e apreciar arte tranquilamente em família.
A história que marca o nascimento do Bacalhôa Buddha Eden no Bombarral, Portugal, é bastante interessante. Surgiu como protesto perante a destruição dos Budas Gigantes de Bamyan, no Afeganistão em 2001, considerado um dos maiores actos de barbárie cultural.
Agora, a cerca de 70 km de Lisboa, lado a lado com vinhedos e o ar saudável do campo o objectivo é dar a conhecer as várias religiões do mundo e trata-las com igual respeito (mesmo que alguns visitantes possam não concordar em ver os diferentes símbolos religiosos ali mesmo lado a lado).
Actualmente o Bacalhôa Buddha Eden faz parte de uma enorme quinta de vinhos, a Quinta dos Loridos. Num total de 100 hectares, cerca de 40 estão reservados a este jardim com lagos, peixes, patos, tartarugas e plantas exóticas.
Mas também enormes estátuas e muitas obras de diversos tamanhos e materiais de diferentes artistas (entre os quais Joana Vasconcelos, Alexander Calder ou Fernando Botero). Consta que existem mais de 200 esculturas sob a sombra de 1000 palmeiras.
O espaço é então assim como uma galeria em espaço aberto, com obras substituídas frequentemente, o que torna cada visita numa nova experiência.
Existem também pagodes e cerca de 700 soldados de terracota pintados à mão, sendo cada um deles uma peça única. Alguns até estão enterrados, assim como acontecia há 2.200 anos.
Estima-se que foram utilizados cerca de 6 mil toneladas de mármore e granito para construir esta gigante obra. Há uma enorme escadaria central, onde vários Budas dourados parecem até interagir com os visitantes.
Uma curiosidade deste espaço é que as estátuas são todas feitas de terracota ou pedra portuguesa (apesar de serem esculpida na China).
E não se admirem se durante a visita encontrarem tractores ou jardineiros espalhados pelo espaço. É prática comum, o constante cuidado e manutenção.
Com a vantagem deste passeio ser uma constante descoberta para todos porque tem cantos e recantos que nunca mais acabam. Vários caminhos para descobrir sempre de formas diferentes.
Aconselho a fazer a visita de manhã cedo ou a meio da tarde, pois durante a hora de almoço torna-se bastante quente.
Apesar de não ter diversões ou actividades programadas (à excepção de um pequeno comboio) quando visitámos o Bacalhôa Buddha Eden, vimos muitas crianças, pais e avós a correr livremente. O lugar presta-se a isso mesmo.
Existe um restaurante/cafetaria, uma loja com venda de vinhos e também é possível fazer provas de vinhos por marcação. Há ainda um enorme parque de estacionamento gratuito.
O conceito inicial, quando tudo começou em 2006, era dar livre acesso a este espaço cultural mas muitas das peças foram danificadas e neste momento a entrada é paga (3 euros para maiores de 12 anos).
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