O Buddha Eden é o maior jardim oriental da Europa e fica no Bombarral, a cerca de uma hora de Lisboa. Assim que se entra é possível entender porque é conhecido como "jardim de paz". No espaço reina a tranquilidade e há uma surpresa para descobrir a cada canto. O dia estava agradável - considerado que era janeiro - e foi possível caminhar calmamente pelas várias zonas distintas. Embora tivesse bastantes visitantes, o espaço é tão amplo que quase não notámos a sua presença e podemos desfrutar da maioria das áreas sozinhos.

Ao longo do jardim é possível encontrar budas, pagodes, soldados de terracota e várias esculturas cuidadosamente colocadas entre a vegetação. A escadaria central é o ponto central do jardim, com os famosos Buddha dourados a darem calmamente as boas-vindas aos visitantes.

São tantos os espaços disponíveis que é aconselhável seguirem o mapa do jardim para não perderem nenhum dos recantos do espaço. Podem fazer download do site ou tirar uma foto ao mapa na entrada, já que não encontrámos mapas disponíveis.

No lago central, existe um pagode vermelho de onde é possível observar centenas de peixes vermelhos - carpas koi - que gostam de saudar os visitantes sempre que notam a água a movimentar-se.

O jardim de Escultura Moderna e Contemporânea é um verdadeiro museu a céu aberto, onde é possível encontrar várias peças selecionadas da Coleção Berardo, como por exemplo de Joana Vasconcelos, Alexander Calder, Fernando Botero, Tony Cragg, Lynn Chadwick, Allen Jones e muitos outros. As obras encontram-se dispostas, casualmente, no jardim e rodeadas de plantas diversas, surpreendendo-nos a cada passo.

O jardim de arte de Esculturas Africanas é dedicado ao povo Shona do Zimbabué, que há mais de mil anos esculpe pedra à mão transformando-a em obras de arte. As suas esculturas demonstram a união entre dois mundos: o físico e o espiritual. No jardim existem mais de 200 esculturas dispostas sob a sombra de 1000 palmeiras.

O lago das palmeiras é um dos espaços mais incríveis do jardim dada a sua dimensão e beleza, rodeado de palmeiras que refletem na água e criam um cenário digno de uma pintura. Neste lago existem muitos peixes e até tartarugas que passeiam calmamente pelo espaço.

Como o espaço é muito extenso, existe um comboio que ajuda a encurtar o percurso. Tem um custo extra de seis euros, mas é uma boa opção para quem não quer ou não pode caminhar muito, assim como no caso de famílias com crianças pequenas (crianças até aos 3 anos não pagam). No entanto, para quem não se importa de caminhar, a melhor opção continua a ser explorar o espaço a pé, ao seu ritmo sem deixar nada por ver.

Observe as esculturas, leia as placas de informação - quando existem - sente-se na relva, tire fotos, percorra o labirinto de bambu, desfrute da paisagem, veja os peixes e tartarugas, medite e deixe-se deslumbrar ao longo de toda a visita. Leve o tempo que precisar e aproveite a tranquilidade do espaço. Acima de tudo, evite colar moedas nos budas com chicletes (não dá sorte) e tente deixar o espaço como o encontrou.

O jardim continua inacabado, então não se surpreendam ao verem zonas em construção, pontes fechadas, estruturas desmontadas ou pedestais vazios, à espera de receberem uma qualquer obra de arte.

O preço do bilhete para o Bacalhôa Buddha Eden é de 6 euros por pessoa, sendo que as crianças até aos 12 anos não pagam.