À primeira vista, não parece nada de especial, apenas um aglomerado de pedras e uma entrada que parece levar a uma gruta, mas um olhar mais atento revela rapidamente um edifício extremamente interessante e moderno.

Projectada em 1961 pelos arquitectos e irmãos Timo e Tuomo Suomalainen, o interior desta igreja luterana foi propositadamente escavado na rocha para respeitar as características do terreno onde foi construída.

A original igreja esculpida na rocha que surpreende quem visita Helsínquia
créditos: Travellight e H. Borges
A original igreja esculpida na rocha que surpreende quem visita Helsínquia
créditos: Travellight e H. Borges

O tecto de 24 m de diâmetro é composto por uma cúpula revestida de chapa de cobre, conectada à parede de rocha natural por 180 vidros que permitem a entrada de luz natural.

Devido à altura variável da parede de rocha, cada vidro tem um tamanho diferente. Esta disposição ajuda a conseguir uma iluminação mais forte na área do altar.

Um bónus imprevisto do projecto foi a excelente acústica criada pelas superfícies rochosas que compõem as paredes internas.

A original igreja esculpida na rocha que surpreende quem visita Helsínquia
créditos: Travellight e H. Borges

Hoje, quando não está a ser usada como uma casa de culto, a Igreja da Rocha serve muitas vezes como local para concertos.

É curioso notar que mesmo com um design do meio do século XX, a Igreja da Rocha mantém uma aparência moderna e contemporânea, eu diria quase futurista.

Os finlandeses apreciam muito a natureza, por isso não surpreende ver nesta obra arquitectónica cores que reflectem os vários tons de granito e outros tipos de pedra do país.

A original igreja esculpida na rocha que surpreende quem visita Helsínquia
créditos: Travellight e H. Borges

Os bancos são de bétula nativa e canais foram especialmente projectados para transportar a água que escorre das fendas na rocha. O pavimento é de concreto polido e o altar é feito de granito cortado.

Temppeliaukio é um lugar de rara beleza e, sem dúvida, um produto do engenho finlandês.

Sigam as minhas aventuras mais recentes no Instagram e no Facebook

Artigo originalmente publicado no blogue The Travellight World