Com base nas medidas da carapaça, os especialistas calculam que Jonathan nasceu por volta de 1832 e que cinco décadas depois foi levado para o remoto território britânico no Atlântico Sul, a partir das ilhas Seychelles, de onde tem origem.

Mas a idade é apenas uma estimativa: uma fotografia tirada logo à chegada a Santa Helena em 1882 mostra que a tartaruga já tinha pelo menos 50 anos, mas certamente era mais velho.

Agora, a tartaruga vive uma reforma confortável na residência oficial do governador de Santa Helena, onde o aniversário será comemorado durante todo o fim de semana com eventos que incluem a emissão de um selo especial.

A imagem já aparece nas moedas de 5 centavos e nos selos do órgão de imigração desta ilha de 4.500 habitantes.

As comemorações culminam no domingo com um "bolo de aniversário" feito com os alimentos favoritos de Jonathan. A tartaruga gosta especialmente de cenoura, alface, pepino, maçã e pera, segundo os tratadores entrevistados pela AFP em 2017.

Apesar da idade avançada, e de ter perdido a visão e o olfato, embora mantenha uma audição intacta, a tartaturga tem afinidade por uma tartaruga fêmea chamada Emma, uma jovem de cerca de 50 anos.

"Eu escuto-o regularmente na relva a brincar com Emma. Mas tenho que observá-los quando entram em ação, porque as tartarugas podem-se virar de costas e nunca mais se levantar. Isto não estava na descrição do meu trabalho!", comentou, aos risos, a então governadora Lisa Phillips.

No início deste ano, Jonatha conquistou o título no Livro Guinness de Recordes de animal terrestre vivo mais velho do mundo, e este mês também foi nomeado a tartaruga mais velha do mundo.

"Se pensarmos que ele nasceu em 1832 (...) Deus, como o mundo mudou!", exclama Joe Hollins, um veterinário reformado que agora é o principal cuidador de Jonathan.

"As guerras mundiais, a ascensão e a queda do Império Britânico, os governadores, os reis e as rainhas que se sucederam, é extraordinário!", enumera.

Embora esperem que continue vivo durantes muitos anos, as autoridades de Santa Helena já fazem planos para a eventual morte do venerável quelónio: a carapaça será preservada para a posteridade.

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