A procuradoria do Equador informou ontem que está a investigar a suposta caça de tartarugas gigantes nas ilhas Galápagos, um frágil ecossistema considerado património natural da humanidade.

A entidade investiga "os fatos relacionados à suposta caça e abate de quatro tartarugas gigantes, no Parque Nacional de Galápagos (PNG)", informou através da sua conta no Twitter.

Acrescentou que a Unidade Especializada em Crimes contra o Meio Ambiente e a Natureza (Uidmen) foi encarregada de recolher depoimentos de funcionários da PNG e nomear especialistas para realizar necropsias aos animais.

A direção do parque apresentou a denúncia pela morte das tartarugas no dia 7 de julho, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente do Equador.

Embora não tenha especificado a espécie a que pertencem as tartarugas, o ministério informou que são quatro tartarugas gigantes terrestres e que a alegada caça ocorreu no complexo pantanoso localizado na Ilha Isabela.

O Equador pune com até três anos de prisão a caça da fauna silvestre.

Em 2019, um homem que atropelou uma tartaruga e danificou a sua carapaça foi condenado a pagar uma multa de 11 mil dólares. No mesmo ano, outro motorista foi obrigado a pagar 15 mil dólares por atropelar e matar uma iguana endémica de Galápagos.

Isabela é a maior ilha do arquipélago com 4.703 quilómetros, que constitui 60% do território terrestre de Galápagos, também considerada uma reserva da biosfera por causa da sua flora e fauna únicas no mundo.

No arquipélago, localizado a mil quilómetros da costa equatoriana, havia originalmente 15 espécies de tartarugas, das quais três foram extintas há séculos, segundo o PNG. As tartarugas gigantes dão nome às ilhas.

Em 2019, um espécime de Chelonoidis phantastica foi encontrado na Ilha Fernandina, após mais de cem anos em que foi considerado extinto.

Fotografia: EPA/Daniela Brik