Artigo atualizado com resultados da votação colocada aos leitores do SAPO Viagens.
Entre montanhas de lixo a arder e manifestações constantes contra a reforma das pensões, Paris conseguiu chegar a acordo num tema: o fim dos serviços de aluguer de trotinetas elétricas.
A questão foi colocada aos munícipes parisienses em referendo local e 89% dos eleitores que votaram (pouco mais de 100 mil) mostrou-se a favor de banir as trotinetas partilhadas, consideradas um "estorvo" pela presidente da câmara municipal de Paris, Anne Hidalgo.
O referendo não é vinculativo, mas a autarca já disse estar "empenhada em respeitar o resultado da votação". Quando os contratos com as operadoras de trotinetas partilhadas expirarem, no final de agosto, Paris pode vir a tornar-se a primeira capital europeia a ficar sem qualquer plataforma partilhada de trotinetas elétricas a circularem nas suas ruas.
Os benefícios desta forma de mobilidade têm vindo a ser questionados um pouco por toda a Europa, incluindo em Lisboa, onde o estacionamento abusivo tornou-se uma das principais queixas associadas à sua utilização. Um estudo divulgado na semana passada, realizado por investigadores da Universidade de Lisboa, sugere que a forma como este serviço é disponibilizado na capital portuguesa pode não levar em conta os custos socioeconómicos provocados pela sua sinistralidade.
A opinião dos leitores do Viagens
Na sequência desta notícia, colocámos a questão aos nossos leitores na Pergunta do dia, e uma maioria diz concordar com a decisão dos munícipes de Paris. 64% dos leitores que participaram na votação diz ser a favor de banir as trotinetas partilhadas, devido ao estacionamento desregrado. 27% diz discordar da proibição, embora considere que seja preciso disciplinar o estacionamento.
Comentários