Segundo as associações Codeseda Viva e Plataforma Berán no Caminho/AJCMR, a esmagadora maioria (1.907) iniciou o trajeto em Braga, metade do total (1.060) fizeram-no a pé e os restantes em bicicleta. Estes dados significam que todos os dias, desde 2017, há pelo menos um peregrino a começar o percurso de 240 quilómetros que liga as capitais do Minho e da Galiza.
Esta informação estatística, registada pelas associações, no café Caminho da Geira (Codeseda) e na hospedaria Casa Lucita (Berán), inclui apenas os peregrinos que assinaram os livros de registo, pelo que os números totais são superiores.
Este ano fizeram o percurso, até final de novembro, 779 pessoas, o segundo valor mais elevado, a seguir a 2019 (ano completo), quando foram registados 862 peregrinos.
Durante estes cinco anos, conclui-se que 75% dos peregrinos são portugueses e 20% espanhóis. Os restantes 5% estão repartidos por países como Itália, Inglaterra, Alemanha, Croácia, Ucrânia, Rússia, Polónia, Brasil, EUA, Austrália ou Países Baixos.
A maioria (65%) são homens e 40% do total de peregrinos também assinou o livro de registos em Berán (857), a localidade espanhola onde está colocado o KM 100. Neste caso, foram registados 368 peregrinos este ano até novembro, somente atrás do resultado verificado em 2019 (392). A quase totalidade chegou a pé (91%), pois os ciclistas optam menos por parar na zona.
O Caminho da Geira e dos Arrieiros foi apresentado em 2017 em Ribadavia (Galiza) e Braga, reconhecido pela Igreja em 2019, reconhecido pela associação de municípios transfronteiriços Eixo Atlântico em 2020 e é um itinerário oficial da Peregrinação Europeia de Jovens do Ano Santo Jacobeu 2021/22.
Este percurso de 240 quilómetros destaca-se por incluir patrimónios únicos no mundo: a Geira Romana e a Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés. Além disso, o seu traçado é um dos escassos cinco que ligam diretamente à Catedral de Santiago de Compostela.
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