Reclamar todos reclamamos, contudo, existem aquelas pessoas que parecem que têm uma maior predisposição e que nos levam a questionar se reivindicam com motivos ou já por força de hábito.

Assim, a Preply procurou perceber onde se encontram os portugueses que mais se queixam. Será que existe uma tendência e o descontentamento e a vontade de lutar pelos direitos se contagia?

De acordo com as conclusões do estudo desta empresa, há zonas no país onde os moradores têm maior tendência a manifestar o seu desagrado e a reivindicar os seus direitos. Segundo o ranking da Preply, é em Almada, Queluz e Vila Nova de Gaia que mais pessoas reclamam.

Para identificar as zonas, a plataforma de idiomas pediu, nas últimas semanas, que milhares de inquiridos partilhassem o quanto protestam no seu dia a dia, desde os grupos sociais com quem mais dividem as suas queixas até às situações em que é quase impossível não se transformar num verdadeiro "queixoso".

Numa escala de 0 a 10, desenvolvida pela especialista para medir a frequência das reclamações em diferentes localidades, os habitantes alcançaram as pontuações mais elevadas do estudo, garantindo o topo do pódio do ranking dos "queixosos" nacionais. Já os bons exemplos, de acordo com a Preply, encontram-se em Barreiro, Agualva-Cacém e Coimbra — as zonas onde este comportamento é menos frequente comparativamente ao resto do território nacional.

Embora, no final do dia, seja difícil encontrar alguém que não se queixe, se há algo que o estudo revela é que, dentro ou fora do país, existem populações que poderiam ser descritas como verdadeiras especialistas na arte de reclamar… transformando qualquer ocasião numa oportunidade para lamentar com os outros.

Política, trânsito, trabalho: do que se queixam os portugueses?

Ora, se "queixosos" não faltam no país, quais são os principais motivos de frustração dos portugueses nos últimos anos? Para responder a esta questão, a Preply decidiu questionar os inquiridos, que identificaram os temas que mais têm tirado as pessoas do sério, de Norte a Sul.

Comprovando que é quase impossível não se frustrar com o custo de vida em Portugal (42,8%), este tópico foi eleito a principal fonte de incómodo nacional, à frente de questões como o transporte público (32,5%) e as condições das estradas (30,4%). Também se destacaram preocupações como a qualidade dos serviços de saúde (32,5%), que figuram entre os maiores motivos de stress para a população.