"Recomenda-se adiar viagens não essenciais, tomar precauções e monitorizar a situação atual", afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Croácia no site oficial.

O aviso foi publicado após a polícia sérvia prender cinco cidadãos croatas e expulsá-los do país esta quarta-feira. O grupo de cidadão não pode também regressar à Sérvia durante um ano.

Estes croatas estão entre cerca de quinze pessoas, provenientes de Albânia, Romênia, Eslovênia, Bósnia e Macedônia do Norte, que foram submetidas à mesma medida, segundo a imprensa deste país.

Todos participaram, no início da semana, numa conferência organizada pela fundação austríaca Erste em Belgrado, a capital sérvia. O evento contou com a presença de várias ONGs.

As autoridades sérvias não divulgaram, até ao momento, detalhes sobre as expulsões.

O Ministério das Relações Exteriores da Sérvia apenas declarou, em comunicado, que "vários cidadãos croatas" foram "tratados de acordo com os procedimentos vigentes e a prática internacional habitual".

No entanto, uma das pessoas expulsas contou ao jornal croata Jutarnji List que assinou um documento da polícia sérvia que a designava como uma "ameaça à segurança da Sérvia".

As expulsões ocorrem numa altura em que o governo sérvio enfrenta um movimento de protesto significativo, após o colapso, em novembro, de um telhado da estação de comboio de Novi Sad, no norte do país, que deixou 15 mortos.

O presidente sérvio, Aleksandar Vucic, acusou recentemente "agentes estrangeiros" de "países ocidentais" de estarem por detrás deste movimento, com o objetivo de provocar uma "revolução" para "enfraquecer a Sérvia".

A União Europeia expressou a sua "preocupação" com o tratamento dado a "ativistas pacíficos da sociedade civil".