“Está previsto entre o final de agosto e o início de setembro”, disse à Lusa Miguel Alves, coordenador do projeto da empresa “The Fladgate Partnership” que quer pôr duas embarcações (designadas “Rabelas”) em funcionamento contínuo a ligar as duas margens do Douro em travessias de três minutos.

As rabelas, que começaram por se chamar “vaporettos” e que chegaram a mudar de nome para “rabeleiros”, têm capacidade para 28 passageiros e dois tripulantes, uma cabine interior e motor fora de bordo a gasóleo.

De acordo com informações da empresa em janeiro, as embarcações funcionarão numa “lógica de ida e volta” entre as duas margens, com viagens de 240 metros a durar três minutos e preços a rondar os 2,50 euros por viagem.

Adrian Bridge, diretor-geral da empresa, disse então que “quase todas as infraestruturas de alojamento estão na margem norte e há quase 870 mil pessoas que visitam as caves todos os anos” pelo que com este novo serviço espera captar um pouco mais de 20% desses turistas que mesmo a pé, de táxi, autocarro ou tuk tuk, para visitar a margem sul do Douro “têm sempre que atravessar a ponte” Luiz I.

No início do ano, a empresa esperava ter os barcos a circular ainda antes da Páscoa, mas o processo de licenciamento acabou por demorar, tendo a última licença sido emitida esta semana pela APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo.

Segundo informação da APDL à Lusa, “neste momento, o processo está concluído por parte da APDL, tendo sido emitido o Título de Utilização de Recursos Hídricos e Licença de Obras a favor da Requerente”.

“A atribuição do direito à requerente [The Fladgate Partnership], na sequência de procedimento concursal, foi deliberada pelo Conselho de Administração da APDL em dezembro de 2015”, esclareceu.

E acrescentou: “A partir de então, decorreu o processo de licenciamento da construção dos dois cais, estando o prazo entretanto decorrido relacionado com a apresentação dos projetos e Termo de Responsabilidade parte da Requerente e da recolha dos pareceres das entidades externas, tendo o último parecer chegado à APDL há cerca de 10 dias”.

De acordo com o coordenador do projeto, a empresa promotora vai agora dar início à construção simultânea dos dois cais de acostagem das embarcações que, do lado do Porto, fica no topo montante do Cais da Estiva, naquele que é um posto de fronteira marítima fora de espaço Schengen.

A APDL assegura, porém, que esta é uma localização “compatível com manutenção das obrigações do espaço Schengen”.

A instalação das plataformas de 12 metros nas ribeiras de Porto e Gaia demorará, segundo Miguel Alves, cerca de “duas semanas”, após o que começa a navegar a primeira de duas “Rabelas”, atualmente ancorada na Douro Marina, na Afurada.

A segunda embarcação, ainda em construção em Setúbal, deverá chegar ao Douro a 15 de setembro, referiu o responsável.

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