Mick Jagger, de Philip Norman
Escolha de Ana Barreto (The Travellight World)
Gosto muito de ler autobiografias de pessoas ligadas ao mundo das artes (músicos, pintores, dramaturgos, atores...). De perceber como nasce a criatividade. O que inspira pessoas como Mick Jagger a criar clássicos que nos tocam tanto. Adoro descobrir os pormenores menos conhecidos e o contexto histórico em que viveram estas figuras e entender como e porquê conseguiram influenciar ou até mudar, para sempre, a cultura popular.
O canto da sereia, de Júlio Dinis, e Os Pescadores, de Raul Brandão
Escolhas de Alice Barcellos
O mar é uma grande inspiração para mim, sendo, por isso, uma temática que me fascina na literatura. Assim, para este verão vou "viajar" até a praia do Furadouro (Ovar), onde o canto de uma suposta sereia muda por completo a vida de um jovem pescador. Numa recente reportagem em Ovar, fiquei a saber que Júlio Dinis passou por lá uma temporada na tentativa de curar-se da tuberculose. O escritor portuense encontrou na "terra dos vareiros" inspiração para várias obras. Ao mesmo tempo, preparo-me para embarcar numa viagem pela costa portuguesa, do Minho ao Algarve, para descobrir como era a vida de certas comunidades piscatórias no início do século XX. Muito curiosa para perceber se ainda é possível traçar algum paralelismo com as paisagens e as formas de vida descritas por Raul Brandão neste "Os Pescadores" com os dias atuais.
África minha, de Karen Blixen
Escolha de Pedro Neves
Dos filmes protagonizados por Meryl Streep é um dos meus preferidos (e imagino que de muita mais gente) e fiquei interessado na obra homónima que o inspirou, pela escritora Karen Blixen, depois de ler um pequeno perfil sobre a sua vida no livro "Mulheres viajantes", de Sónia Serrano. Já sabia que a história do filme seguia de perto alguns factos reais, baseados na vida de Blixen, mas a minha curiosidade com o livro, publicado originalmente em 1937, disparou com o retrato que Serrano faz de escritora dinamarquesa e da sua perseverança para se manter à frente de uma plantação de café no Quénia. Considerada uma das mais belas narrativas sobre África, parece-me a leitura ideal para viajar à sombra de uma árvore este verão.
O Velho Expresso da Patagónia, de Paul Theroux
Escolha de Ana Caldeira (The Travel in Pink)
Este ano vou levar na minha bagagem de férias um clássico, "O Velho Expresso da Patagónia", de Paul Theroux, um famoso escritor norte-americano conhecido pelas suas obras de literatura de viagens. Este livro foi uma recente oferta de aniversário, mas já o tinha na minha bucket list literária há muito tempo. Relata uma viagem de comboio da América do Norte até à remota Patagónia, capturando a essência das paisagens, das culturas e das pessoas que Paul Theroux encontra ao longo da sua jornada. Adoro viajar também pelas palavras de escritores talentosos que têm a capacidade de nos transportar para outras realidades geográficas e culturais através das páginas dos seus livros. Muitas das minhas viagens foram inspiradas por obras que li e, sendo o continente sul-americano e concretamente a Patagónia um dos meus destinos de sonho, tenho a certeza que esta será uma excelente escolha para as férias que se avizinham.
Mulheres Viajantes, de Sónia Serrano, e Conhecer Portugal a pé, de Miguel Judas
Escolhas de Ana Oliveira
É pura coincidência os dois livros estarem relacionados com viagens. O primeiro, "Mulheres Viajantes", é um livro que já tenho há imenso tempo e que ainda não consegui terminar, mas no qual penso muito. Por um lado, fala de mulheres viajantes e dos seus desafios ao longo do tempo, por outro, abre portas para outras viagens literárias sobre mulheres extraordinárias e inspiradoras. O segundo, “Conhecer Portugal a Pé”, incluo em jeito de sugestão pois para quem, como eu, vai passar as férias cá dentro, encontra várias ideias de caminhadas para fazer em família, com amigos ou a sós. Já marquei no livro dois percursos perto de casa para fazer com o meu filho assim que começarmos as férias. Com certeza que vamos consultar muito este guia ao longo das férias. Boas aventuras para todos!
Onde Cantam os Grilos, de Maria Isaac, e Lá, Onde o Vento Chora, de Delia Owens
Escolhas de Ana Caetano
Na minha mala de viagem nunca levo só um livro. Tenho medo de ficar sem páginas para ler. Adquiri estas duas obras no ano passado, na Feira do Livro de Lisboa e, infelizmente, acabaram esquecidas na estante. Este verão, saem da prateleira e serão os meus companheiros de viagem. “Onde Cantam os Grilos” é o primeiro livro da trilogia “Odisseia das Pequenas Coisas”, finalista do Prémio Eça de Queiroz. A obra é narrada por uma criança de dez anos que, na sua inocência e ingenuidade, relata o amor e tragédia vividos na Herdade do Lago. Quem me sugeriu esta leitura refere-se à escrita de Maria Isaac como cativante e uma bela surpresa. Espero que assim seja. A minha segunda companhia será um dos livros mais aclamados da escritora Delia Owens, já adaptado para o grande ecrã. Retrata a história de Kya que, com apenas seis anos, vê a sua mãe sair de casa sem nunca mais regressar. Promete ser uma narrativa dolorosamente bonita e emocionante sobre as profundezas da solidão, amor e resiliência.
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