A praia fluvial Olhos de Água, no concelho de Alcanena, tem estruturas de apoio, amplos espaços verdes com muitas sombras, campismo e foi renovada há seis anos.
Desdobra-se em vários espelhos de água que se ajustam a pessoas de várias idades.
O fio de água corrente surge debaixo de uma ponte que marca a nascente do rio Alviela. Um vale estreito e profundo por onde corre a água que atravessou canais de calcário, numa área de quase 200 km2.
É aqui que vê a luz do dia. Por isso, a temperatura da água pode não ser do agrado de todos, “é para quem gosta de água fresca. Para quem não gosta, não corre muito bem. A água é muito fresca.”
O aviso é de Paula Robalo, diretora do Centro de Ciência Viva do Alviela, que é vizinho da praia fluvial. Um dos temas do Centro é a água, como atravessa o maciço calcário e forma o maior reservatório de água doce em Portugal.
A praia é partilhada com um edifício da EPAL. Marca a memória do abastecimento de água a Lisboa durante um século através do Aqueduto das Águas Livres, numa extensão de 120km.
Neste aspeto, a praia é também uma sala de aula para os alunos que visitam o Centro de Ciência Viva.
A praia tem muitas zonas verdes com sombra e quem quiser pode ainda caminhar num percurso interpretativo de pouco mais um quilómetro.
Podemos ver várias formações geomorfolólicas e a entrada da gruta da Lapa da Canada, um abrigo maternidade que no verão aloja cerca de 5 mil morcegos.
Uma das atividades do Centro de Ciência Viva do Alviela no Verão é a “Noite dos Morcegos”.
Depois de um mergulho na praia fluvial podemos ir à entrada da gruta, com um aparelho de ultrassons, descobrir as várias espécies de morcegos.
Olhos de Água fresca na praia fluvial da nascente do Alviela faz parte do programa da Antena1 Vou Ali e Já Venho e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.
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