Só em Portugal restam algumas olarias que conservam o fabrico artesanal.
A olaria de Barro Negro de Molelos no concelho de Tondela é muito perfeita nos acabamentos e inovou no design, embora se mantenham fieis à tradição
Nas palavras de Luis Lourosa, que junto com o irmão têm a olaria Artantiga o que diferencia esta louça é a cozedura.
O barro já tem uma cor acinzentada que não é muito comum em Portugal, mas é a cozedura que lhe dá a cor preta. É um processo natural. As peças são cozidas num forno com temperaturas muito elevadas e depois dá-se o abafamento.
O dióxido de carbono que fica dentro do forno vai ser absorvido pelas peças durante algumas horas enquanto arrefecem.
Quem quiser pode ver todo o processo, desde a preparação do barro à modelagem e à cozedura final. José Lourosa recomenda especial atenção para uma prática que é apenas desta região: o brunir. Trata-se de um polimento feito com um seixo que retira eventuais imperfeições, ajuda a impermeabilizar, dá brilho e embeleza as peças.
Quem visitar esta olaria vai ainda encontrar uma peça única que está também a ser feita em barro negro. É a estátua do avô dos irmãos Lourosa. É uma homenagem ao avô que também foi oleiro e que aprenderam com ele técnicas e pormenores que consideram fundamentais para a arte que hoje desenvolvem.
Os irmãos Lourosa fazem parte de uma nova geração de oleiros em Molelos que revitalizou a olaria e esperam agora um novo impulso com a classificação no património cultural imaterial.
Os oleiros Lourosa de Molelos faz parte do podcast semanal da Antena1, Vou Ali e Já Venho, e pode ouvir aqui.
A emissão deste episódio, Os oleiros Lourosa de Molelos, pode ouvir aqui.
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