
Excluindo anos de seca severa, a albufeira alcança quase dois mil hectares.
A presença dos espelhos de água marca a paisagem de muitos locais. Na sede de concelho ou em pequenas aldeias. Em lugares dedicados a lazer ou a atividades agrícolas.

A albufeira é ainda um dos lugares mais conceituados em Portugal para desportos náuticos, em particular a prática de remo.
Um dos lugares mais agradáveis e com vistas mais interessantes é no paredão que fica próximo da aldeia de Maranhão e que dá o nome à barragem.

O paredão tem cerca de 200 metros de extensão e a estrada leva-nos para uma via de terra batida que acompanha a albufeira. Há uma zona de lazer, muitas árvores e sombras.


O miradouro tem uma vista ampla. O manto verde da copa das árvores deixa ver alguns lagos e o maior espelho de água é mesmo em frente, estancado pelo paredão.

As margens têm muitas árvores e, por vezes, blocos graníticos afiados pela erosão, parecem lâminas a rasgar a água.

O paredão é uma linha reta. No lado contrário da albufeira avaliamos a altura de várias dezenas de metros, com uma longa encosta robustecida com milhares de pedras de basalto. No final da descida, vemos a central hidroelétrica e a ribeira retoma o seu percurso normal.

A albufeira tem muitos recantos, algumas praias fluviais, um centro náutico e muitas zonas para caminhar.

A barragem de Maranhão foi construída em 1957, essencialmente, para fins agrícolas.

Alterou completamente a paisagem. Introduziu culturas de regadio, obrigou à construção de pontes, como a “miniatura da ponte 25 de Abril” no Ervedal.

A albufeira é ainda um paraíso para muitas aves e em algumas zonas oferece-nos um pôr do sol espetacular.

Artigo originalmente publicado em maio de 2023
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