Para quem prefere admirar o céu, enriquecido por novas formas e cores, com os pés bem assentes na terra, tem também um animado programa familiar, que inclui música, gastronomia, artesanato e produtos locais.

A manhã começa bem cedo para quem se aventura a subir aos céus. Chegamos ao balódromo ainda de noite e a Windpassenger, empresa que assegura a direção técnica do Festival de Balonismo entregou-nos à equipa da Flyevent.cz. Uma tripulação composta por elementos da República Checa e Eslováquia, ultimava os preparativos da viagem mágica. Os primeiros raios de sol surgiram no horizonte, enquanto todas as equipas terminavam de insuflar os seus balões.

Voámos num dos mais originais balões do festival: o peixe voador! Um voo tranquilo, aos primeiros tons da manhã, a permitir admirar a paisagem ribatejana, num montado misto, de sobreiro e pinheiro manso. O privilégio de atravessar o céu azul, sobrevoar o rio Sorraia, um afluente do rio Tejo e chegar mesmo a tocar na água, no Açude do Monte da Barca, antes de voltar a subir ao céu.

Chegaram a perguntar-nos se preferíamos ir mais alto, ou mais junto ao chão. Perante tamanha beleza, e na certeza de que não há uma resposta certa a esta questão, encolhemos os ombros e confiámos no piloto. Com a época turística a iniciar em abril, a equipa da Flyevent.cz aceitou o convite da Windpassenger para se juntar a este Festival. Vieram pela estrada, numa viagem de quase dois dias e tinham acabado de chegar a Coruche, depois de conhecer a zona de Castelo Branco, a propósito do evento Voar na Beira Baixa. Uma oportunidade de conviver com parceiros de outras nacionalidades e trocar impressões. Certo é que a experiência de voar em balão de ar quente se torna muito mais interessante quando admiramos os pares, ao lado, a oscilar com suavidade.

O pequeno cesto onde viajamos é à conta para as cinco pessoas que leva. O peso de cada um é somado antes de levantar do chão. As botijas de gás carregadas permitem que o balão suba e a natureza faz o resto. O percurso, de cerca de 14 kms, até Santana do Mato fez-se em 50 minutos. Para o sucesso da aterragem contribui a perícia do piloto, que com o apoio da tripulação, rapidamente segura o balão gigante no solo.

Segue-se um pequeno almoço bucólico, recheado de produtos locais, saboreado no tapete verde que, à chegada, ainda se apresentava coberto de geada. Memórias inesquecíveis e que nunca mais nos retiram é o que podemos garantir que pode levar desta experiência!

Esta é a V edição do Flutuar, uma iniciativa que o C&H já teve oportunidade de experienciar antes e que se tem vindo a revelar um sucesso a cada ano que passa.