Entrar no Perlim, pelos olhos de uma criança, é estar perante um interminável mundo encantado, cujos cantos e recantos queremos explorar, sem ordem, nem roteiro. Apenas um enorme querer de chegar a todos os lados, de uma vez só, e poder estar perto de tudo o que o olhar abarca, ao mesmo tempo. Uma vontade genuína e desassossegada, que os adultos são forçados a refrear.
Afinal, o Perlim é um extenso mundo mágico, com surpresas a par e passo que exigem uma exploração cuidada. A área é gigante, as pernas pequenas e há que dosear o esforço e a excitação, para poder ver e viver cada espaço, com a importância que ele merece.
Na Lapónia, fora da Quinta do Castelo, o Pai Natal aguarda confortavelmente os seus pequenos convidados, ouvindo os pedidos de cada criança, entre as garantias de um comportamento exemplar, que merece cada um dos presentes da lista de desejos. Enquanto esperam pela oportunidade de sentar-se no colo do “velhinho de barbas brancas”, encantam-se com a neve que vai caindo, em bolhinhas de sabão. Os seus saltos, os seus gritos e as suas risadas são inegáveis provas do quanto se divertem.
No Castelo da Fada Piri, o visitante depara-se com “Um sonho impossível”, uma divertida peça musical que junta a Fada Piri e os seus duendes. Dentro do monumento histórico é tempo de outras batalhas: a exposição “Os Superpoderes das 4 estações” dá-nos conta das visitas de Perlim e Pim Pim ao Serviço de pediatria do IPO-Porto, e das maravilhosas obras que os pequenos guerreiros pintaram, numa partilha "sobre os diferentes ciclos de tratamento".
Explorar a Quinta do Castelo é, agora, palavra de ordem. Na entrada, é o “Verão” que dá às boas-vindas aos visitantes, entre cones de gelado e um precioso sol, considerando a estação do ano. Ao espetáculo “acampamento de Perlim”, juntam-se atividades como, o arvorismo, a rampa de trenós e o carrossel. Tanta diversão, para tão pouco tempo!
A uns quantos passos, já o “Inverno” espreita, entre nuvens pesadas e flocos de neve. Isabela e o solstício de Inverno reinam por ali, a par da Playzone Lego, que faz as delícias das pequenas mãos ágeis. Avistam-se folhas caídas e um castanho outonal, sinal de que o “Outono” está próximo. Ainda assim, antes disso, exploramos a Gruta dos Piratas, que numa azáfama, erguem espadas e tentam saquear quem ousar se aproximar. Medo, tenham cuidado!
O mini-arvorismo, o mini-slide e o slide ficaram para trás. Ufa! Descobrimos que “Não há Natal sem Primavera” e as flores e cores que invadem o espaço são prova disso. Entre carrosséis, arenas de dança e comboio de Natal, descansamos um pouco na área alimentar. Que ainda tanto há para ver, para ouvir e para sentir.
Aqui e além, os letreiros pedem “gentilmente” para não tocar nos cenários. Porém, alguns deles são verdadeiras obras de arte, que olhá-los apenas parece pouco, num formigueiro terrível que impele a tocar numa peça que seja. Ficámos pela magia da contemplação, entre a árvore do amor, as flores multicolores ou o alvo moinho.
No largo, o mercado de Natal é uma mistura caótica e fantástica de cheiros, de sons e de produtos. Das velas aromáticas às varinhas mágicas, dos presépios em madeira aos potes de mel, da mini fogaça ao sabonete de lavanda, nada falta neste pequeno mercado. Por lá há-de passar também o Comboio de Natal, para uma visita guiada pelo Perlim e pela cidade.
Quase vencidos pelo cansaço e por tantas emoções, descobrimos a pista de gelo. Não há como não experimentar. Uns passos periclitantes, umas pequenas quedas e uns deslizes incertos marcam a experiência.
Um pouco mais afastado, o circo Oniria propõe “uma viagem, 4 estações”, um espetáculo que acompanha a Tica e o seu amigo Uli, numa viagem muito especial, para entregar a carta ao Pai Natal.
O evento oferece ainda animação musical, com atuações no Perlim e no mercado de Natal, e apresenta alguns dos seus espetáculos em Língua Gestual Portuguesa.
Os dias de funcionamento, horários e preçário podem ser consultados na página oficial do Perlim.
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