O mar é o cenário de fundo permanente. Com maresia, com vista para o infinito ou dourado pelo pôr do sol.
Ao longo do dia, com frequência, os passadiços revelam-nos as quatros estações do ano.
Por outro lado, a beleza da paisagem seduz visitantes e residentes, como João Paulo, que todos os dias faz por aqui uma caminhada.
“A paisagem é sempre bom numa caminhada e, de facto, a paisagem é maravilhosa. Eu acho que isto ainda está quase selvagem.
Até S. Martinho do Porto tem falésias e trilhos muito bons. Quase selvagens. A explorar.”
No percurso que ia fazer, a volta era pelos passadiços.
Os passadiços têm quase um quilómetro de extensão e serpenteiam as arribas à procura de um lugar plano que sirva de miradouro. Mais próximo do mar, no meio das dunas e da vegetação rasteira, a vista ganha outra sedução.
“Lindíssima, é única. É o Atlântico. Quem gosta de mar tem uma paisagem fantástica. Eu adoro este contraste entre o verde e o azul.”
Quando o céu está limpo, transporta a nossa contemplação até mais longe: para o infinito do oceano, ponteado por uma marca. “Tem dias que se vê muito bem a Berlenga e os farilhões.”
No entanto, nesta região, temos de contar com a imprevisibilidade meteorológica. No miradouro mais a sul, junto à estrada, algumas pessoas preferem a vista das praias. No meio das arribas, a arquiteta Nadia Schilling optou por unidades circulares.
São anéis que nos isolam de outros visitantes e ajudam a uma contemplação mais solitária, em particular, nos dias de verão em que há mais procura.
São sete miradouros que tiveram também as funções de segurança e ambiental. Evitar o perigo das falésias e preservar as espécies que decoram as dunas. Todo o conjunto ganha um brilho especial ao pôr do sol.
Passadiços da Foz do Arelho: sete miradouros oceânicos faz parte do programa da Antena1 Vou Ali e Já Venho e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.
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