O Freedom in the World é um trabalho da organização não partidária Freedom House e classifica as nações de acordo com as liberdades civis e os direitos políticos. Conforme a pontuação final, que varia entre o zero (menos livre) e os 100 (mais livre), cada país é colocado em uma destas três categorias: “livre”, “parcialmente livre” e “não livre”. Veja na galeria de fotos os 20 países com menos liberdade do mundo, alguns já foram grandes destinos turísticos.
Enquanto que 82 países (incluindo Portugal) encontram-se na primeira categoria, 54 - incluindo Turquia, Rússia, China, Tailândia, Vietname, Egito e Cuba - encontram-se na última.
2020 é o 15º ano consecutivo de declínio da liberdade no mundo, segundo o relatório da Freedom. Em 2018, a organização classificou 88 países como "livres". Hoje também existem mais cinco países no grupo dos menos livres.
O documento chama atenção para a queda de liberdade em países importantes como a China, Índia e Estados Unidos. Se em 2018, a China teve 14 pontos, este ano recebeu nove. Já a Índia passou do grupo de "países livres" para os dos "parcialmente livres". Sobre os Estados Unidos, a Freedom diz que a democracia norte-americana se encontra num “estado deplorável".
O relatório da Freedom House foi publicado no primeiro trimestre do ano e analisa o ano de 2020, e, por isso, não inclui os recentes acontecimentos no Afeganistão.
A organização acredita que a pandemia contribuiu para esta queda acentuada de liberdade no mundo. Os efeitos socioeconómicos da COVID-19 colocaram a democracia em causa em muitos países. Esta quarta-feira, dia 15 de setembro, assinala-se o Dia Internacional da Democracia.
Estes sãos os 20 países com menos liberdade, segundo a Freedom House:
20. Venezuela
A democracia têm vindo a deteriorar-se neste país desde 1999. Os últimos anos, segundo a organização Freedom, ainda foram piores para a liberdade democrática.
Classificação Freedom House: 14/100
19. Cuba
Apesar das políticas totalitárias, Cuba sempre foi muito procurada por turistas. Quem consegue ver para lá da política do país é compensado com os clubes de salsa, rum, belas praias, carros clássicos e história revolucionária.
O turismo, uma das principais fontes de divisas do governo cubano, entrou em colapso com a pandemia do coronavírus, que obrigou a ilha a fechar parcialmente as fronteiras desde o final de março de 2020.
Entre janeiro e julho, o país recebeu 270.639 visitantes estrangeiros, apenas um quarto (21,8%) dos registados no mesmo período de 2020 (1.239.099), segundo a AFP.
O número de voos que chegam atualmente a Cuba é muito limitado e apenas alguns voos fretados de turistas russos e canadianos chegam com regularidade a alguns resorts do país.
A partir do próximo dia 15 de novembro, o país vai começar a receber mais turistas.
Classificação Freedom House: 13/100
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18. Laos
Segundo a blogger Joland , Laos é um destino seguro para mulheres viajarem sozinhas. “Paisagens fantásticas a que o Sudeste Asiático já nos habituou, um povo afável e descontraído. Um país perfeito para quem procura descanso para a mente e alimento para a alma”, escreve. Laos é um ponto de paragem obrigatório para quem, de mochila às costas, faz o circuito do Sudeste Asiático. Mas por trás de todo o seu encanto e atrações, existe um regime autocrático implementado desde 1975. Em Laos, não existe uma oposição organizada ou sequer uma sociedade civil totalmente independente. Ainda assim, têm existido melhorias nos últimos anos graças a uma ampla campanha anticorrupção.
Classificação Freedom House: 13/100
17. Barém
A opressão ditatorial de Barém, a falta de poder parlamentar e a falta de poder judicial independente são algumas das razões pelas quais os grupos de direitos humanos não recomendam este país do Oriente Médio aos turistas.
Classificação Freedom House: 12/100
16. Bielorússia
Conhecida pela sua arquitetura estalinista, grandes fortificações e florestas primordiais, a Bielorússia é considerada pela Freedom House como um estado autoritário. No relatório, a organização denuncia as restrições das liberdades civis e a manipulação nas eleições.
Classificação Freedom House: 11/100
15. Uzbequistão
De 1991 a 2016, o Uzbequistão viveu sob o comando do ditador Islam Karimov. As reformas adotadas pelo seu sucessor, Shavkat Mirziyoyev, já conduziram a algumas melhorias, contudo, o país ainda está longe de ser um país livre.
Classificação Freedom House: 11/100
14. Iémen
É em Iémen que se encontra uma das formações naturais mais insólitas do mundo: o arquipélago de Socotra, considerado Património Mundial da UNESCO. O arquipélago situado na junção entre o Mar Vermelho e o Oceano Índico é habitat natural de mais de 700 espécies de plantas e animais, entre as quais as insólitas árvores em forma de cogumelos, denominadas 'dragoeiros'.
Infelizmente, o país está a ser devastado por uma guerra civil que começou em 2015
Classificação Freedom House: 11/100
13. Azerbaijão
Continua a ser um dos países mais oprimidos. A Freedom House alerta que a oposição política formal tem vindo a enfraquecer devido aos anos de perseguição. As autoridades realizaram uma extensa repressão às liberdades civis nos últimos anos, deixando pouco espaço para a expressão independente ou ativismo.
Classificação Freedom House: 10/100
12. Líbia
Chegou a ser incluída no Eixo do Mal definido por George W. Bush. A guerra fez com que os antigos tesouros da Líbia ficassem inacessíveis. Anos após a morte de Muammar Gaddafi, o país continua a lutar pela liberdade.
Classificação Freedom House: 9/100
11. China
A cultura milenar, os monumentos e as atrações colocam a China entre os destinos de viagem mais fascinantes do mundo. A Cidade Proibida, a Grande Muralha da China e o Exército de Terracota são exemplos de algumas das atrações que têm distraído os visitantes da política.
Para a Freedom House, o regime autoritário da China é cada vez mais repressivo. Recorde-se que, em 2018, a China tinha 14 pontos em 100. Hoje conta só com nove pontos.
Classificação Freedom House: 9/100
10. República Centro-Africana
A República Centro- Africana continua a ser palco de uma das crises humanitárias mais profundas e menos conhecidas do mundo. Habitat natural dos gorilas, vive em constante estado de guerra desde a sua independência da França em 1960.
Classificação Freedom House: 9/100
9. Tajiquistão
Emomali Rahmon está no poder desde 1992 e tem mandato para governar indefinidamente. O país mais pequeno da Ásia Central é rico a nível paisagístico e cultural. Por ser ainda pouco explorado a nível turístico, é considerado a joia mais bem guardada da Ásia Central. Quem visita o país, costuma estar a seguir a antiga Roda da Seda.
Classificação Freedom House: 8/100
8. Somália
É um dos países mais perigosos do mundo, mas também uma das nações mais bonitas de África. O país encontra-se em conflito desde 1991.
Classificação Freedom House: 7/100
7. Arábia Saudita
Nos últimos anos, a Arábia Saudita começou a apostar no turismo, abrindo portas aos turistas internacionais, para diversificar a economia, assente no petróleo. Foi em 2019 que emitiu os primeiros vistos turísticos. Apesar de pequenas mudanças a nível cultural, como permitir que as mulheres conduzam e tenham passaportes sem a permissão de um tutor, a Arábia continua a não respeitar muitos dos direitos políticos e liberdades civis dos cidadãos.
Classificação Freedom House: 7/100
6. Guiné Equatorial
Corrupção, pobreza e repressão marcam aquele que é um dos cinco maiores produtores de petróleo da África subsaariana. Para além das reservas de petróleo, que poderiam trazer prosperidade ao povo, a Guiné Equatorial conta com ilhas tropicais, belas praias e primatas em risco de extinção.
Classificação Freedom House: 5/100
5. Coreia do Norte
O regime ditatorial na Coreia do Norte dispensa apresentações. É considerado o país mais fechado do mundo, mas nos últimos anos começou a promover o turismo. Estes retratos de Pyongyang mostram um pouco dos habitantes da capital.
Classificação Freedom House: 3/100
4. Eritreia
Situada no Corno de África, a Eritreia é regida por uma das mais asfixiantes ditaduras do mundo. Este país é conhecido como a Coreia do Norte de África.
Classificação Freedom House: 2/100
3. Sudão do Sul
A história do país mais jovem do mundo não começa bem. Desde a sua independência do Sudão, em 2011, que a jovem nação vive sob ditadura e conflito, deixando em risco um dos maiores espetáculos da vida selvagem do mundo. .
Classificação Freedom House: 2/100
2. Turquemenistão
Neste país, o culto da personalidade continua a ser uma ferramenta importante do estado. Turquemenistão está repleto de estátuas douradas do ex-ditador Saparmurat Niyazov, que faleceu em 2016. O seu sucessor, Gurbanguly Berdimuhammedow, mostra um apetite semelhante pelo autoritarismo e por estátuas de ouro.
Classificação Freedom House: 2/100
1. Síria
Antes de rebentar a guerra civil, em 2011, a Síria recebia mais de 8,5 milhões de turistas por ano. Não é surpresa que seja hoje o país com menos liberdade do mundo. O Viajar entre Viagens recorda a visita ao país, três meses antes da guerra.
Classificação Freedom House: 1/100
Afeganistão
Recentemente, assistimos à queda deste país enquanto democracia e prevêm-se tempos sombrios para os direitos humanos no Afeganistão. O país tinha obtido 27 pontos na classificação da Freedom House. Em 2022 deverá passar para o top três dos países menos livres do mundo.
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