O Freedom in the World é um trabalho da organização não partidária Freedom House e classifica as nações de acordo com as liberdades civis e os direitos políticos. Conforme a pontuação final, que varia entre o zero (menos livre) e os 100 (mais livre), cada país é colocado em uma destas três categorias: “livre”, “parcialmente livre” e “não livre”. Veja na galeria de fotos os 20 países com menos liberdade do mundo, muitos deles são ou já foram destinos turísticos.

Enquanto 88 países (incluindo Portugal) encontram-se na primeira categoria, 49 - incluindo Turquia, Rússia, China, Tailândia, Vietname, Egito e Cuba - encontram-se na última.

Este é um cenário sombrio de acordo com o relatório: "em 2017, a democracia enfrentou a sua crise mais grave das últimas décadas. Os seus princípios básicos - incluindo garantias de eleições livres e justas, direitos das minorias, liberdade de imprensa e estado de direito - foram atacados no mundo inteiro".

“Setenta e um países sofreram uma queda líquida de direitos políticos e liberdades civis, com apenas 35 a registar ganhos”, conclui o relatório salientado que este é o 12º ano consecutivo em que se regista uma queda na liberdade global.

Os Estados Unidos, que sempre tiveram um papel importante na democracia global, também registaram um declínio nos direitos políticos e nas liberdades civis.

Estes sãos os 20 países com menos liberdade, segundo a Freedom House:

20. Cuba

Apesar das políticas totalitárias, Cuba sempre foi muito procurada por turistas. Quem consegue ver para lá da política do país é compensado com os clubes de salsa, rum, belas praias, carros clássicos e história revolucionária.

Classificação Freedom House: 14/100

19. China

Para o Telegraph, a comunidade internacional “admitiu” o estilo autoritário da China quando permitiu que o país recebesse os Jogos Olímpicos de 2008. O controlo do regime também não parece ter travado o turismo que está em crescimento. A Cidade Proibida, a Grande Muralha da China e o Exército de Terracota são algumas das atrações que distraem os visitantes da política.

Classificação Freedom House: 14/100

18. Iémen

Os Estados Unidos colocaram o Iémen na lista dos países não recomendados para viajar. O país, fora dos radares turísticos, enfrenta uma das piores crises humanitárias da atualidade devido à guerra. É em Iémen que se encontra uma das formações naturais mais insólitas do mundo: o arquipélago de Socotra, considerado Património Mundial da UNESCO. O arquipélago situado na junção entre o Mar Vermelho e o Oceano Índico é habitat natural de mais de 700 espécies de plantas e animais, entre as quais as insólitas árvores em forma de cogumelos, denominadas 'dragoeiros'.

Classificação Freedom House: 13/100

17. Laos

A blogger Joland considera Laos um destino seguro para mulheres viajarem sozinhas. “Paisagens fantásticas a que o Sudeste Asiático já nos habituou, um povo afável e descontraído. Um país perfeito para quem procura descanso para a mente e alimento para a alma”, escreve. Laos é um ponto de paragem obrigatório para quem, de mochila às costas, faz o circuito do Sudeste Asiático. Mas por trás de todo o seu encanto e atrações, existe um regime autocrático implementado desde 1975.

Classificação Freedom House: 12/100

16. Etiópia

Em 2015, a Etiópia, berço da civilização, foi nomeada para melhor destino turístico do mundo pelo Conselho Europeu de Turismo e Comércio. Este país africano recebeu a nomeação devido à sua riqueza paisagística, história imperial e por ter nove lugares considerados Património Mundial da UNESCO. Já no que toca à liberdade, não está bem classificada…

Classificação Freedom House: 12/100

15. Barém

A opressão ditatorial de Barém, a falta de poder parlamentar e a falta de poder judicial independente são algumas das razões pelas quais os grupos de direitos humanos não recomendam este país do Oriente Médio aos turistas. Apesar disto, um Grande Prémio (GP) de Fórmula 1 é aqui disputado.

Classificação Freedom House: 12/100

14. Azerbaijão

“Não se deixe enganar pela diplomacia do caviar”, alerta o The Telegraph. Apesar do rosto amigável nos Jogos Europeus de 2015, o Azerbaijão é um dos países mais oprimidos do mundo.

Classificação Freedom House: 12/100

13. Tajiquistão

Emomali Rahmon está no poder desde 1992 e tem mandato para governar indefinidamente.

Classificação Freedom House: 11/100

12. Líbia

Chegou a ser incluída no Eixo do Mal definido por George W. Bush. A guerra fez com que os antigos tesouros da Líbia ficassem inacessíveis. Anos após a morte de Muammar Gaddafi, o país continua a lutar pela liberdade.

Classificação Freedom House: 9/100

11. República Centro-Africana

A República Centro- Africana é palco de uma das crises humanitárias mais profundas e menos conhecidas do mundo. Habitat natural dos gorilas, vive em constante estado de guerra desde a sua independência da França em 1960.

Classificação Freedom House: 9/100

10. Sudão

É considerado um dos locais com vida marinha mais abundante no mundo e do Mar Vermelho. Infelizmente, a corrupção e a violência continuam a prejudicar o Sudão e a impedir que tire proveito das suas maravilhas naturais.

Classificação Freedom House: 8/100

9. Uzbequistão

De 1991 a 2016, o Uzbequistão viveu sob o comando do ditador Islam Karimov. O sucessor, Shavkat Mirziyoyev, ainda não conseguiu tirar o Uzbequistão do nível mais baixo do ranking da Freedom House, apesar da classificação já ter melhorado de 3 para 7.

Classificação Freedom House: 7/100

8. Somália

É um dos países mais perigosos do mundo, mas também uma das nações mais bonitas de África. O país encontra-se em conflito desde 1991. Espera-se que o presidente atual,  Hassan Sheikh Mohamud, possa trazer alguma estabilidade para o país.

Classificação Freedom House: 7/100

7. Arábia Saudita

É provável que a Arábia Saudita constar nesta lista não o surpreenda, afinal, neste país, mulheres não podem conduzir (a proibição só termina em junho deste ano). Talvez o surpreendente seja a pontuação não ser inferior. Ainda assim, em 2017, o país apostou no turismo religioso.

Classificação Freedom House: 7/100

6. Guiné Equatorial

Corrupção, pobreza e repressão marcam aquele que é um dos cinco maiores produtores de petróleo da África subsaariana. Para além das reservas de petróleo, que poderiam trazer prosperidade ao povo, a Guiné Equatorial conta com ilhas tropicais, belas praias e primatas em risco de extinção.

Classificação Freedom House: 7/100

5. Turquemenistão

Neste país, o culto da personalidade continua a ser uma ferramenta importante do estado. Turquemenistão está repleto de estátuas douradas do ex-ditador Saparmurat Niyazov, que faleceu em 2016. O seu sucessor,  Gurbanguly Berdymukhamedov, mostra um apetite semelhante pelo autoritarismo e por estátuas de ouro.

Classificação Freedom House: 4/100

4. Coreia do Norte

O regime ditatorial na Coreia do Norte dispensa apresentações. É considerado o país mais fechado do mundo, mas nos últimos anos tem vindo a promover o turismo. Estes retratos de Pyongyang mostram um pouco dos habitantes da capital.

Classificação Freedom House: 3/100

3. Eritrea

Situada no Corno de África, a Eritreia é regida por uma das mais asfixiantes ditaduras do mundo. Este país é conhecido como a Coreia do Norte de África.

Classificação Freedom House: 3/100

2. Sudão do Sul

A história do país mais jovem do mundo não começa bem. Desde a sua independência do Sudão, em 2011, que a jovem nação vive sob ditadura e conflito, deixando em risco um dos maiores espetáculos da vida selvagem do mundo. A pontuação do Sudão do Sul desceu 10 pontos.

Classificação Freedom House: 2/100

1. Síria

Antes de rebentar a guerra civil, em 2011, a Síria recebia mais de 8,5 milhões de turistas por ano. Não é surpresa que seja hoje o país com menos liberdade do mundo. O Viajar entre Viagens recorda a visita ao país, três meses antes da guerra.

Classificação Freedom House: -1/100