O seu nome deriva do gaélico ‘Dubn Linn’, que significa ‘lago negro’. Mas a origem da capital da República da Irlanda tem tudo a ver com os Vikings. Os conquistadores escandinavos chegaram aqui no século VIII com o objetivo de roubar e capturar prisioneiros que depois seriam vendidos como escravos, só que acabaram por se fixar e tirar partido do comércio. E assim nascia Dublin, uma cidade conhecida pela sua hospitalidade, que o vai receber de braços abertos.

Do Castelo ao livro mais antigo do mundo

Dublin: uma cidade tradicional e hospitaleira
créditos: Jonathan Singer/Unsplash

Visitar Dublin implica visitar o seu castelo. Em irlandês, Caisleán Bhaile Átha Cliath, este cartão-postal da cidade serviu de sede fortificada do governo britânico no país até 1922. A maior parte do complexo data do século XVIII, mas sabe-se que já no tempo do Rei João – primeiro senhor da Irlanda – se erguia aqui um castelo. Ao roteiro não pode também faltar a visita a Trinity College, a universidade mais antiga da Irlanda, fundada no século XVI pela rainha Isabel I. Instalada num mosteiro desapropriado, a universidade dispões de um campus belíssimo, com áreas verdes e edifícios góticos. A grande estrela de Trinity College é mesmo a Antiga Biblioteca, com os seus milhares de livros em estantes que chegam ao teto. É aqui que encontra o Book of Kells, um dos mais antigos livros do mundo. O manuscrito criado por monges no século IX encanta pela sua combinação de textos em latim e iluminuras douradas.

Dublin: uma cidade tradicional e hospitaleira
créditos: Kalise Veer/Unsplash

São Patrício, padroeiro da Irlanda, é homenageado numa catedral. A Saint Patrick’s Cathedral foi construída em 1191 pela Igreja Católica mas, tal como o Trinity College, passou para as mãos da Igreja Anglicana durante a Reforma Protestante. O interior é majestoso, com várias capelas recheadas de vitrais. Para além de admirar os detalhes do edifício é também possível visitar o túmulo de Jonathan Swift, autor de As Viagens de Gulliver, na nave principal. No que toca a templos, visite ainda a Catedral da Santíssima Trindade, a mais antiga de Dublin. Construída em 1030 como igreja católica foi também tomada pela Igreja Protestante, durante a Reforma. Destaque para a célebre cripta, com estátuas, livros medievais e até um gato e um rato mumificados no interior. Esta catedral é ainda famosa pelas suas apresentações musicais, nomeadamente de coros infantis.

O verde no meio do cinza

Dublin: uma cidade tradicional e hospitaleira
créditos: Dronepicr

Dublin pode até ser uma cidade a tender para o cinzento, e talvez por isso tenha alguns espaços verdes bem preservados. Parques não faltam, de todos os tamanhos e para todos os gostos. Para além das áreas em redor do Trinity College e do Castelo, são de ter em conta três parques: Phoenix Park, Stephen’s Green e Merrion Square. O primeiro é o maior parque público da Europa e alberga a residência presidencial. É aqui que pode também visitar o zoo da cidade e apreciar o obelisco em homenagem ao Duque de Wellington. Já Stephen’s Green é considerado o Central Park de Dublin, com um lago cheio de patos e artérias em seu redor. O seu desenho atual foi financiado por Arthur Guinness, magnata da cerveja que o transformou de zona reservada à aristocracia a parque público. Não muito longe fica o bem mais pequeno Merrion Square, cujo destaque é a estátua de Oscar Wilde. O poeta vivia ali perto e a zona é uma das mais caras da cidade.

Um salto até ao pub

Dublin: uma cidade tradicional e hospitaleira
créditos: Elevate/Unsplash

A Irlanda está intimamente ligada à cerveja e prova disso é a Guiness Storehouse, museu inaugurado em 2000 na sede da empresa cervejeira. Esta é uma das atrações mais apreciadas de Dublin e acaba por conquistar mesmo os não apreciadores da bebida. O tour acompanha o processo de fabrico e a história da marca que ultrapassa já os três séculos. É ainda possível degustar a famosa cerveja, tanto durante a visita como depois desta, no acolhedor terraço que oferece uma fantástica vista da cidade.

Dublin: uma cidade tradicional e hospitaleira
créditos: Matheus Câmara da Silva/Unsplash

Faça uma pausa nos museus e nas igrejas e rume a Temple Bar, que é não apenas o famoso pub, mas também o nome do bairro onde ele se encontra. Esta é a zona mais turística da cidade, onde não faltam restaurantes e bares, bem como estabelecimentos hoteleiros. Vale a pena caminhar pelas ruas, sobretudo à noite, e apreciar a música que ecoa um pouco por todo o lado. Deixe a caminhada para depois, entre num pub e experimente o Bangers and Mash, um prato tradicional que consiste em salsicha acompanhada de puré de batata. Se escolher o Temple Bar, importa saber que vai entrar num dos bares mais icónicos do mundo. Inaugurado em 1840, passou por inúmeras ampliações, oferecendo música ao vivo todos os dias e uma ementa típica, em que reinam as ostras. Isto sem esquecer, claro está, uma enorme gama de bebidas. Só whiskeys, tem 350 à escolha.

Ainda sem planos para as próximas férias? Dublin é um destino a ter em muito boa conta. Reserve já a sua viagem com a TAP e deixe-se conquistar pela hospitaleira Irlanda.