Wiesbaden, Bremen, Bremerhaven, Leipzig, Nuremberga e Bona, talvez nunca tenha pensado em visitar alguma destas cidades, no entanto, é possível ficar a conhecê-las através de uma curta viagem de comboio a partir de uma das principais cidades alemãs, que contam com voos diretos desde Portugal.

É uma forma de rentabilizar a sua viagem a Alemanha ao mesmo que consegue ficar a conhecer mais do país.

Sugerimos os comboios da Deutsche Bahn pois, segundo o Turismo da Alemanha, são pontuais e têm preços acessíveis, com uma tarifa super económica a partir de 17,90 euros para ligações por toda a Alemanha.

Seis cidades para descobrir a partir dos caminhos de ferro da Alemanha:

Wiesbaden
Wiesbaden créditos: Francesco Carovillano

Wiesbaden

A menos de uma hora de comboio da animada Frankfurt, Wiesbaden é uma das mais antigas estâncias termais da Europa. Graças às suas águas, com efeitos benéficos sobretudo para quem sofre de doenças reumáticas e ortopédicas, já era famosa internacionalmente no início do século XX. Beber um copinho na fonte Kochbrunnen, símbolo da cidade, é um ritual quase “obrigatório”, tal como mergulhar na piscina Kaiser-Friedrich-Therme, em estilo Art Nouveau, com água que chega aos 39ºC.

Mas Wiesbaden tem muitos outros atrativos, destacando-se a Kurhaus, espaço com sumptuosos salões – que receberam personalidades como Sissi, imperatriz da Áustria, Balzac, Wagner ou Stravinsky – e um bonito casino, onde Fiódor Dostoiévski perdeu todo o seu dinheiro. Terá sido por isso que foi obrigado pelo editor a escrever O Jogador, ao que parece num prazo recorde.

Cinco minutos de funicular levam ao topo da colina de Neroberg, onde há mais para descobrir, designadamente a piscina exterior Opelbad, em estilo Bauhaus, e a Igreja Ortodoxa, um dos templos mais bonitos da cidade.

Bremen
Bremen créditos: Francesco Carovillano

Bremen e Bremerhaven

Esta é uma sugestão dupla: Bremen fica a uma hora de comboio de Hamburgo e, estando aqui, faz todo o sentido “perder” mais meia hora para visitar a “cidade irmã” Bremerhaven.

Os Músicos de Bremen, conto popular dos Irmãos Grimm, são o óbvio símbolo da cidade e a respetiva estátua é um dos lugares mais concorridos para fazer a selfie. Mesmo ao lado há Património UNESCO: inclui a estátua do cavaleiro Rolando, erguida em 1404, e o edifício da Câmara Municipal, com um interior riquíssimo – e, no piso inferior, o restaurante Ratskeller, que acolhe a maior coleção de vinhos alemães do mundo. O bairro Schnoor, de ruas estreitas com casas em enxaimel dos séculos XV e XVI, é imperdível para fazer compras, comer ou beber um copo. Outra alternativa para comes e bebes é a zona de Schlachte, à beira-rio e repleta de esplanadas.

Já em Bremerhaven, onde o rio Weser se une ao Mar do Norte, é incontornável a Klimahaus, misto de parque temático e centro de ciência que proporciona uma “viagem” por vários pontos do mundo para conhecer o respetivo clima, as alterações sofridas e suas consequências. Muito bem concebido, permite sentir as condições climatéricas, desde o frio da Antártida ao calor do Níger.

Leipzig
Leipzig créditos: Francesco Carovillano

Leipzig

Cerca de 1h10 basta para chegar de Berlim à atraente Leipzig, uma cidade histórica mas também muito verde, musical e criativa.

A Igreja de São Nicolau é um dos lugares que marcou a História: aí nasceu um movimento que se traduziu, a 9 de outubro de 1989, numa manifestação de 70.000 pessoas – um mês antes da queda do Muro de Berlim – data que é recordada anualmente no Festival das Luzes.

Outros festivais, em especial musicais, animam a cidade. É o caso do Bach Fest, em homenagem a Johann Sebastian Bach, que aqui compôs algumas das suas obras mais importantes; ou do Klassic Airleben, com concertos gratuitos da reputada Gewandhaus, a mais antiga orquestra secular alemã, no parque Rosental. O calendário é muito diversificado ao longo do ano, abrangendo desde música gótica a música de câmara e jazz.

A visita deve incluir o bairro da moda Plagwitz, o preferido de jovens e criativos, assim como a vizinha Spinnerei, antiga fábrica convertida em espaço cultural com mais de uma centena de estúdios de artistas, galerias, sala de cinema (e sessões ao ar livre no verão). A não perder, também, o parque Clara Zetkin para tranquilos passeios com uma pausa refrescante junto ao lago.

Nuremberga
créditos: Francesco Carovillano

Nuremberga

Também a pouco mais de uma hora, neste caso de Munique, Nuremberga é uma cidade cheia de charme e de lugares imperdíveis. O Castelo, erguido no século XI e uma das mais relevantes fortalezas alemãs, é um deles – e até é possível pernoitar aí, no Youth Hostel Nuremberg (ou Pousada de Juventude), a funcionar no espaço onde outrora se situavam os estábulos. Possui ainda um interessante museu que conta a sua história e há outros que merecem uma visita, nomeadamente a Fembo Haus, que acolhe o museu da cidade; a casa onde viveu o pintor Albrecht Dürer; o Neues, com arte e design desde a década de 50; e ainda o DB, o museu ferroviário mais antigo do mundo.

Incontornáveis são também a praça Hauptmarkt, a igreja gótica Frauenkirche e a imponente fonte Schöner Brunnen, de 19 metros. Há ainda eventos especiais, como a animada Altstadtfest (este ano de 14 a 26 de setembro), com música, jogos tradicionais e iguarias deliciosas, como é o caso das famosas salsichas locais, feitas de acordo com uma receita que remonta a 1313, definindo peso e tamanho (oito centímetros e 20 a 25 gramas de carne).

Já fora dos cinco quilómetros de muralhas, Gostenhof, mais conhecido GoHo, é o bairro da moda a explorar pelas suas lojas, galerias, restaurantes e bares.

Bona
Bona créditos: Francesco Carovillano

Bona

Capital da Alemanha antes de Berlim, Bona fica a cerca de uma hora de Dusseldorf, com voos diretos desde Lisboa e Porto. É reconhecida pela sua universidade, onde estudaram nomes como Karl Marx, Friedrich Nietzsche ou o Papa Bento XVI, por exemplo, e também célebre por aqui ter nascido, em 1770, Ludwig van Beethoven.

Um dos lugares a visitar é, claro, a sua casa-museu, há muito uma das atrações turísticas mais concorridas da Alemanha e um dos espaços ligados à música mais visitados a nível internacional. Agora é-o mais ainda, já que foi recentemente alvo de uma ampla renovação.

Da mesma forma, a Beethovenfest, um dos mais antigos festivais de música alemães (criado em 1845 por Franz Liszt), é um evento ao qual vale muito a pena assistir. Este ano decorre de 25 de agosto a 17 de setembro.

Do itinerário para conhecer a cidade fazem também parte a casa onde o compositor Robert Schumann residiu nos últimos anos de vida; o Jardim Botânico da universidade, com 11.000 espécies; o bonito bairro Sudstadt, conhecido pelos seus restaurantes e bares; e o parque Rheinaue, de 160 hectares, com lago e um Jardim Japonês.

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