Existem outras “chamas eternas” no mundo, mas o que torna esta realmente única é o facto de se encontrar localizada por trás das águas de uma cascata. O cenário surreal criado pelas Eternal Flame Falls esteve durante muito tempo envolto em lendas e histórias contadas pelas tribos indígenas que habitavam a região, mas hoje sabe-se que o fenómeno se deve a um processo geológico. A sua explicação, porém, não é fácil e continua a a levantar dúvidas. 

Porque é que a chama nunca se apaga?

As teorias científicas iniciais defendiam que a chama eterna era mantida acesa devido à presença de rochas de xisto antigas e extremamente quentes. No entanto, foi provado que as rochas na pequena câmara sob as cataratas onde arte a chama não são quentes o suficiente para produzir tal reação. Elas têm aproximadamente a mesma temperatura que uma chávena de chá e o xisto não é tão antigo quanto se pensava, assim não é isso que produz a chama. Para que tal fenómeno ocorra, a temperatura das rochas tem de estar próxima do ponto de ebulição da água, ou mais quente ainda, para quebrar as moléculas de carbono, liberando gás natural e consequentemente, manter a chama a arder.

Eternal Flame Falls
créditos: Shutterstock

Afastada a hipótese inicial, surgiu, em 2013, um novo estudo da Universidade de Indiana que descobriu que as Eternal Flame Falls contém as maiores concentrações de etano e propano de qualquer fuga de gás natural conhecido. Curiosamente, cerca de 35% do gás encontrado aqui é etano e propano, mas não metano, que normalmente é o principal componente do gás natural.

As chamas eternas naturais ocorrem quando o gás natural se infiltra no solo e as bactérias comem o metano, convertendo-o em dióxido de carbono. Na Eternal Flame Falls, porém, o gás é contido e não convertido, o que pode explicar o cheiro pungente que enche o ar próximo da cascata. 

Os gases produzidos durante a decomposição da matéria orgânica estão sob alta pressão e são expelidos por fissuras e camadas soltas no interior das rochas (falhas e passagens provocadas pela atividade tectónica ao longo dos anos) e é esse gás, ao atingir a superfície na pequena gruta por trás das águas, que cria a chama que ilumina eternamente a cascata.

As explicações para o fenómeno podem ser interessantes mas aquilo que todos os anos atrai centenas de pessoas a esta cascata é a beleza da sua chama a brilhar sob as águas.

Veja em baixo o vídeo:

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