É um parque sem vedações nem delimitações que desce da montanha aos rios e é palco para muitos e variados jogos, atividades lúdicas e desportos de natureza.

O Pena Aventura Park abriu em 2004, um ano antes da entrada em funcionamento da A7, entre a Póvoa de Varzim e Vila Pouca de Aguiar, e que tem o nó de acesso mesmo junto ao empreendimento. Por esta via é possível chegar em menos de uma hora ao Porto, ao aeroporto Sá Carneiro e também a Espanha.

Artur Cardoso, um dos responsáveis pelo parque, diz à agência Lusa que a autoestrada foi determinante na escolha da sua localização: “Fez com que fosse possível pensar num determinado fluxo de público que, de outra forma, estaria condicionado”.

Projetado por um grupo de investidores, alguns naturais de Ribeira de Pena, o Pena Aventura Park surge como “um novo produto” alternativo ao “sol e praia” e convida a explorar um território que era, até então, pouco conhecido. Com cerca de nove milhões de euros de investimento, foi possível criar emprego e ajudar a fixar jovens neste concelho do distrito de Vila Real.

A principal atração do parque é, desde a sua abertura, o “fantasticable”, que permite “voar” por um cabo de 1.538 metros e a uma velocidade de 130 quilómetros por hora.

Aqui também é possível viajar encosta abaixo pelo “alpine coaster”, fazer salto negativo, escalada e entrar no rio para fazer canoagem, “stand up” (variante do surf) ou canyoning, que consiste na descida de cursos de água com fortes declives, utilizando cordas e recorrendo a saltos para transpor obstáculos.

Artur Cardoso refere que o empreendimento recebeu, em 2015, 120 mil visitantes e teve cerca de 40 mil clientes, dos quais 60% viajaram de Espanha e 30% eram portugueses.

O projeto ajudou também a alavancar outros investimentos no concelho a nível da restauração e alojamento, como pequenas unidades de turismo rural ou o Pena Park Hotel, construído junto ao parque aventura e que possui quase uma centena de quartos e custou cerca de oito milhões de euros, contando com o apoio de fundos comunitários.

“Garante alojamento aos clientes provenientes dos vários mercados emissores, que tenham um afastamento superior a duas horas. Vem ajudar a incrementar este turismo, mas sobretudo vai-nos permitir trabalhar outros mercados estrangeiros”, salienta.

A palavra de ordem é crescer e, por isso, estão já a ser trabalhados novos projetos como o Bosque Eremita, um espaço de iniciação aos Caminhos de Santiago dirigido ao turismo religioso e, ainda, um projeto que envolve a Quercus e vai explorar o ecoturismo.

O presidente da Câmara de Ribeira de Pena, Rui Vaz Alves, salienta que, paralelamente, se está a trabalhar a nível do turismo cultural, com rotas à volta do escritor Camilo Castelo Branco, e também na gastronomia tradicional.

A vinda de mais visitantes pode incentivar também uma maior aposta em outros setores, como a agricultura, na produção de vinho verde, de carne maronesa ou de cabrito.

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