Além dos 8.300 voos cancelados no fim de semana de Natal, dezenas de milhares de voos sofreram atrasos entre sexta-feira e domingo, para tristeza daqueles que pretendiam viajar depois do Natal de 2020 ofuscado pela pandemia.
De acordo com o site FlightAware, os problemas continuarão nesta segunda e terça-feira (2.100 e 700 voos cancelados, respetivamente, até o momento).
Companhias aéreas como Lufthansa, Delta, United Airlines, Alaska Airlines, JetBlue ou British Airways cancelaram viagens porque a pandemia provocou uma escassez de pilotos e outros integrantes da tripulação dos aviões, que precisaram ficar em isolamento.
"O pico de casos de Ómicron em todo país (Estados Unidos) esta semana teve um impacto direto nas nossas tripulações e nas pessoas que dirigem nossas operações", afirmou a United Airlines em comunicado.
As condições climáticas também afetaram os voos nos Estados Unidos: nevascas na região oeste complicaram ainda mais uma situação já caótica.
As companhias aéreas chinesas, como a China Eastern e a Air China, cancelaram 2.000 voos no fim de semana, incluindo vários que passavam pela cidade de Xi'an, onde os 13 milhões de habitantes estão em confinamento.
Na China que adota desde o ano passado uma estratégia "covid zero" a cidade de Xi'an anunciou medidas mais rigorosas para combater o risco epidémico, depois de organizar uma campanha de testes em larga escala por centenas de casos na metrópole.
Os moradores da cidade estão em lockdown desde quinta-feira e apenas uma pessoa por residência pode sair a cada três dias para comprar produtos de primeira necessidade. E somente pessoas que trabalham no combate à epidemia podem circular de carro pela cidade.
Pandemia também atrapalha viagens de cruzeiros
Em alto mar, o coronavírus também atrapalhou o feriado. De acordo com o jornal Washington Post, vários navios tiveram a entrada negada nos portos das Caraíbas.
"Navegamos a bordo de uma placa de Petri" (recipientes usados em laboratórios para a cultura de micro-organismos), declarou ao jornal Ashley Peterson, passageira de 34 anos do cruzeiro Carnival Freedom, que não conseguiu atracar na ilha holandesa de Bonaire.
Em comunicado, a Carnival Cruises confirmou que "isolou um pequeno número de pessoas a bordo após um teste positivo de COVID-19".
O CDC, principal agência de saúde pública dos Estados Unidos, afirma que mais de 60 cruzeiros estão a ser investigados pelas autoridades após a deteção de casos de COVID-19 a bordo.
Comentários