A Europa é atualmente a região com mais casos, com mais de três milhões nos últimos sete dias, 57% do total mundial, assim como a maior quantidade de mortes, seguida pelos Estados Unidos e pelo Canadá (1,4 milhão de novos contágios).

A França superou a marca de 100.000 novos casos de COVID-19 em 24 horas no sábado de Natal, um número sem precedentes. O governo vai avaliar a situação esta segunda-feira, dia 27 de dezembro.

O relatório mais recente do site Flightaware informa que existiram quase 2.000 cancelamentos de voos este domingo, dia 26 de dezembro.

No sábado, o mesmo site registou quase 2.800 cancelamentos de voos.

Na sexta-feira os cancelamentos ficaram perto dos 2.400, além de 11.000 voos adiados, segundo o Flightaware.

Muitas companhias aéreas foram forçadas a deixar pilotos, comissários de bordo e outros funcionários em quarentena, devido aos trabalhadores terem tido contacto com a COVID. As empresas Lufthansa, Delta e United Airlines cancelaram diversos voos.

Voos nos Estados Unidos cancelados também devido ao mau tempo

A COVID-19 não terá sido a única razão para o cancelamento de voos este fim de semana. As condições metereológicas em alguns lugares do mundo, como nos Estados Unidos, também terá contribuido.

Ainda assim, cidades como Seattle e Portland conseguiram aproveitar o Natal com neve.

"Condições de frio anormais e um fluxo de humidade do Pacífico resultarão em períodos prolongados de nevascas e chuvas", afirmou o Serviço Meteorológico Nacional (NWS) dos Estados Unidos.

As companhias aéreas chinesas representaram o maior número de cancelamentos: a China Eastern cancelou quase 540 voos, mais de 25% do total programado, enquanto a Air China cancelou 267, o que significa quase 25% das decolagens previstas.

Os cancelamentos representam um duro golpe para a tão aguardada retomada das viagens nas festas de fim de ano, depois do Natal de 2020 que foi muito afetado pela pandemia.

Nos Estados Unidos, de acordo com estimativas da Associação Automobilística Americana (AAA), mais de 109 milhões de americanos deveriam deixar a sua área de residência de avião, comboio ou carro entre 23 de dezembro e 2 de janeiro, um aumento de 34% em relação ao ano passado.

Os cancelamentos não afetaram as viagens do Pai Natal, monitoradas há décadas pelo Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD), que registou 7.623.693.263 presentes distribuídos este ano.

O NORAD afirma que monitora o trenó do Pai Natal graças a um sensor colocado no nariz de uma das renas.

A pandemia de COVID-19 já provocou 5,3 milhões de mortes no mundo desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou sobre o aparecimento da doença no fim de dezembro de 2019 na China.

A cidade chinesa de Xi'an, onde os 13 milhões de habitantes estão em confinamento, anunciou este domingo uma desinfecção "total" e restrições ainda mais duras, no momento em que o país registou o maior número de casos (206) em apenas um dia em 21 meses.