“A pronta intervenção dos serviços municipais, com a colaboração da entidade responsável pela tenda e de um grupo de voluntários, que desde as primeiras horas de sábado procedem aos trabalhos de reparação dos danos, vai possibilitar a visitação do espaço já no dia de Natal”, 25 de dezembro, afirma a Câmara de Penela, numa nota enviada hoje à agência Lusa.
Os “avultados danos”, sobretudo “ao nível da estrutura da tenda” e das “figuras e dos circuitos que suportam a animação”, provocados pela depressão Elsa, “ainda não estão totalmente quantificados”, adianta a câmara desta vila do distrito de Coimbra.
Mais de 370 figuras animadas com o recurso a tecnologia e a impressões 3D (três dimensões) dão vida ao "Penela Presépio", patente no castelo da vila, até 05 de janeiro de 2020.
Considerado o maior evento de Natal na região, o presépio proporciona "muitos momentos de animação, cor, música, espetáculos, alegria, sabores e descobertas pelo património histórico, natural e imaterial do concelho de Penela", afirma a Câmara Municipal de Penela.
"Penela é verdadeiramente um presépio" e no cimo da encosta, "decorada com o casario branco e encimada pelo castelo medieval do século XI", sustenta ainda a autarquia.
Entretanto, o Presépio Tradicional do Espinhal e o Museu do Rabaçal, igualmente no concelho de Penela, “continuam atualmente abertos ao público, sem quaisquer restrições”, informa ainda a autarquia.
Os efeitos do mau tempo, que se fazem sentir desde quarta-feira, já provocaram dois mortos e um desaparecido e deixaram 144 pessoas desalojadas e outras 352 deslocadas por precaução, registando-se mais de 11.600 ocorrências, na maioria inundações e quedas de árvores.
O mau tempo, provocado pela depressão Elsa, entre quarta e sexta-feira, a que se juntou no sábado a depressão Fabien, provocou também condicionamentos na circulação rodoviária e ferroviária, bem como danos na rede elétrica, afetando a distribuição de energia a milhares de pessoas, em especial na região Centro.
A Autoridade Nacional Emergência de Proteção Civil, num balanço feito hoje às 10:00, disse que o distrito de Coimbra é aquele que ainda causa maior preocupação, apesar de o número de ocorrências ter “baixado significativamente”, esperando-se a redução do caudal do rio Mondego nos próximos dias.
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