Os turistas estrangeiros que visitarem a antiga basílica bizantina de Santa Sofia - um dos monumentos emblemáticos de Istambul que desde 2020 é uma mesquita - deverão pagar uma entrada de 25 euros a partir desta segunda-feira.

A nova política de entradas é explicada na esplanada em frente à entrada principal do monumento, que está reservada apenas aos cidadãos turcos. Um cartaz explica que os estrangeiros devem entrar por uma porta lateral.

Essa entrada dá acesso a um túnel que passa por baixo do miradouro de Beyazit, a partir do qual os visitantes podem admirar a mesquita sem perturbar os serviços religiosos.

A nova regra apanhou de surpresa muitos visitantes e poucos turistas mostraram-se dispostos a pagar para entrar.

"Ontem era grátis", disse um jovem funcionário encarregado de orientar os visitantes, que falou sob condição de anonimato.

O jovem confirmou que os peregrinos muçulmanos estrangeiros que queiram rezar no monumento também devem pagar pela entrada.

O bilhete dá acesso a uma galeria e ao museu, destacou, argumentando a necessidade de se restaurar o templo, uma basílica construída no século IV que depois foi reconstruída pelo imperador bizantino Justiniano no século VI.

A decisão corresponde a um novo plano de gestão dos visitantes, por recomendação da UNESCO, já que o templo é património da humanidade.

Transformada pela primeira vez em mesquita após a queda de Constantinopla, Santa Sofia passou a ser um museu em 1934 por decisão do fundador da República da Turquia, Mustafá Kemal Ataturk.

Em 2020, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, determinou que o monumento voltaria a ser uma mesquita.