A celebração católica, originalmente prevista para esta terça aos pés da enorme estátua no morro do Corcovado, teve que ser transferida para a Catedral Metropolitana, no centro do Rio, por causa do mau tempo.
"Nós, cariocas, aprendemos a olhar para o Redentor muitas vezes coberto de nuvens, mas sabemos que a imagem está ali", disse o arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, ao celebrar a missa, assistida pelo governador estado, Claudio Castro, e pelo prefeito da capital, Eduardo Paes.
Localizada 710 metros sobre o nível do mar, a estátua de betão recebe quase dois milhões de visitantes por ano, mas permaneceu fechada entre março e agosto de 2020 devido à crise pandémica.
Por ocasião dos seus 90 anos, está a passar por uma reforma para restaurar o revestimento, reparar infiltrações de humidade e prepará-la para futuras adversidades climáticas.
Para o seu aniversário, o sambista Moacyr Luz compôs "Alma carioca, Cristo Redentor", samba lançado no mês passado e interpretado, entre outros, por Zeca Pagodinho, Maria Rita e Jorge Aragão, assim como por Omar Raposo, o carismático sacerdote a cargo do santuário do Cristo Redentor.
Foi dele a ideia de lançar a linha de cachaça Redentor, que traz no rótulo a imagem do Cristo.
"É uma forma de valorizar os produtos nacionais", disse Raposo à AFP. A simbologia religiosa da estátua funde-se sem contradições com a alma carioca, segundo o sacerdote.
O nascimento do Cristo Redentor remonta a 1921, quando a Igreja Católica organizou um concurso para construir um monumento religioso para o centenário da Independência do Brasil (1822).
O vencedor foi o engenheiro brasileiro Heitor da Silva Costa, que dedicou dez anos ao projeto. O artista plástico brasileiro Carlos Oswald fez o desenho final da estátua, executado pelo francês Paul Landowski.
O monumento foi inaugurado a 12 de outubro de 1931. Em 1973, foi declarado monumento histórico e em 2007, uma das sete maravilhas do mundo moderno.
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