De Scarlatti a Verdi, passando por Monteverdi, as grandes óperas italianas são cantadas no mundo inteiro, melhoradas por interpretações famosas como a do tenor Luciano Pavarotti (1935-2007).
"Transmitida oralmente de professor a aluno, esta prática favorece a coesão coletiva e a memória sociocultural. É um meio de expressão livre e diálogo intergeracional, o seu valor cultural é reconhecido a nível nacional e internacional", considera a Unesco.
A instituição define esta arte como "uma técnica de canto sob controle fisiológico, que intensifica a potência vocal em espaços acústicos como auditórios, coliseus e igrejas".
"É um trabalho longo e minucioso (...) É uma consagração oficial do que já sabíamos: o canto operístico é uma marca de excelência mundial, entre as que nos representam melhor ao redor do planeta", comemorou o ministro da Cultura Gennaro Sangiuliano através de uma nota.
"A ópera nasceu na Itália", disse à AFP, em maio de 2022, o francês Stéphane Lissner, diretor do Teatro San Carlo de Nápoles, inaugurado em 1737 e considerada a mais antiga ópera do mundo.
Mas por que a ópera italiana seria mais legítima para entrar no património imaterial da humanidade do que suas congéneres francesa ou alemã?
Para Lissner, que também dirigiu a prestigiosa Scala de Milão, "a forma de cantar em língua italiana provoca, incontestavelmente, concordemos ou não, a maior emoção nos amantes da ópera".
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