A classificação foi aprovada pela Câmara e pela Assembleia Municipal de Castro Verde, a 13 de janeiro e esta segunda-feira, respetivamente, disse hoje à agência Lusa o presidente do município, António José Brito.
Em comunicado enviado à Lusa, o município, no distrito de Beja, referiu que a classificação “é, em primeiro lugar, o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido há décadas pelos grupos corais do concelho”.
Por outro lado, a classificação “demonstra a vontade” da autarquia “em promover a contínua preservação e valorização” do cante alentejano enquanto “expressão artística identitária”.
Também “reflete uma aposta clara na definição de uma estratégia global de salvaguarda” do cante alentejano no concelho, num “processo que está em curso”, acrescentou.
Um processo que, de acordo com a câmara, “se expressou na criação recente do Observatório e Centro de Documentação do Cante Alentejano, a funcionar no Centro de Artes e da Viola Campaniça”.
O cante alentejano, Património Cultural Imaterial da Humanidade desde 2014, “reforça o diálogo entre diferentes gerações, géneros e indivíduos de diferentes origens, contribuindo para a coesão social no concelho de Castro Verde”, destacou.
Por isso, o município frisou que a classificação do cante alentejano como Património Cultural Imaterial de Interesse Municipal de castro Verde “vai ao encontro dos objetivos da autarquia na promoção de iniciativas que valorizem, preservem e dinamizem o património cultural do concelho”.
O cante alentejano, um canto coletivo, sem recurso a instrumentos, foi classificado, em 27 de novembro de 2014, como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
A distinção surgiu na sequência de uma candidatura apresentada pela Câmara de Serpa e pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo.
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