A fabricante de máquinas de café espresso, que tem também a única escola certificada de baristas, abre as portas para uma competição em que cada participante terá apenas 15 minutos para preparar e apresentar 12 bebidas à base de café.
“O barista está para o café como o enólogo está para o vinho, ou como o chefe de cozinha está para a gastronomia. É uma profissão que já existe há muitos anos, mas que em Portugal está agora a surgir. É especialista em café e em fazer bebidas à base de café, em qualquer estabelecimento, mas sobretudo nas cafetarias, coffee shop e cafés de especialidade”, explicou à Lusa Pedro Serra, diretor-geral da Fiamma.
A competição é vista pelo responsável da Fiamma como uma das formas mais interessantes de melhorar e divulgar a atividade: “com a competição os baristas acabam por procurar aperfeiçoar as suas técnicas”.
Segundo Pedro Serra, há vários fatores que influenciam um bom café, como a origem e seleção do lote, uma moagem “perfeita”, a máquina de café e a respetiva manutenção, e a água.
“Numa chávena de café, 80 a 90% é água e se não for boa, em termos de sabor e em termos de calcário, pode transmitir mau sabor ao café, como pode estragar o equipamento”, observa.
No entanto, o utilizador da máquina “é fundamental”: “no limite é a pessoa que pode fazer o melhor ou o pior em qualquer das fases”, diz.
Essa noção levou a fábrica a avançar com uma escola de baristas nas suas instalações, certificada. A Delta tinha uma exclusiva para os seus clientes, a Nestlé criou depois o seu próprio centro de formação, mas “havia necessidade de proporcionar a todos os profissionais do setor, ou apenas curiosos, essa formação”.
“Procuramos que as pessoas possam melhorar as suas capacidades, quer na extração do café, mas também no cuidado e afinação da máquina, do moinho. Como fabricantes de máquinas de café temos todo o interessante em que haja cada vez melhores profissionais porque, no limite, o barista é garantia de que quer a máquina, quer o café, são melhor tratados”, conclui.
Fonte: Lusa
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