A sua textura única, entre o crocante da crosta dourada e as várias camadas de recheio, fazem lembrar as paisagens escarpadas (como sugere o nome do doce) da Serra de Sicó.

Segundo a lenda, as escarpiadas foram criadas numa altura de crise com aquilo que os padeiros tinham à mão, mas a verdade é que pouco se sabe acerca da sua origem, a não ser que a receita tradicional tem passado oralmente de geração para geração.

Comer estas delicias em Condeixa é do melhor que há, mas partilho aqui a receita, para quem quiser experimentar em casa.

INGREDIENTES

MASSA
1 kg de farinha
25 g de açúcar
25 g de manteiga
70 g de fermento de padeiro
1 pitada de sal
água q.b.

RECHEIO
açúcar amarelo (a gosto)
canela (a gosto)
azeite (a gosto)

PREPARAÇÃO

Num recipiente, coloque todos os ingredientes da massa e misture.
Adicione água aos poucos até que a massa forme uma bola.
Cobra com um pano e deixar levedar por umas horas - a massa aumenta para quase o dobro do tamanho.

Entretanto, misture o açúcar amarelo com a canela.

Divida a massa em pequenas bolas e depois abra cada uma, no formato de um pequeno quadrado (não é necessário usar rolo de cozinha, pode abrir a massa apenas com as mãos).

Espalhe em cima da bancada a mistura do açúcar com a canela e pressione cada quadrado de massa em cima dessa mistura. Polvilhe o interior com mais um pouco da mesma mistura e depois adicione um fio de azeite.
Feche a massa, dobrando as laterais, e depois enrole-a novamente, mas no sentido contrário.

Coloque as escarpiadas já enroladas num tabuleiro e pré-aqueça o forno a 220ºC

Misture um pouco de água com uma pitada de açúcar e despeje essa mistura por cima das escarpiadas antes de as levar ao forno. É este procedimento que depois dá origem à calda que envolve os doces (se gostar de mais calda, ponha mais água com açucar).

Deixe cozer durante cerca de 15 minutos.

Retire do forno e envolva as escarpiadas na calda doce que fica no tabuleiro, antes de as servir.

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